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Muito se fala sobre o vírus HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) e não é à toa. Uma pesquisa preliminar realizada pelo Ministério da Saúde aponta uma prevalência de 54,6% de casos de HPV entre a população brasileira de 16 a 25 anos, sendo que 38,4% são de tipos de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
Os números são preocupantes e tornam-se ainda mais relevantes levando em conta que o HPV além de ser associado vários tipos de câncer – principalmente ao de colo de útero – também pode desencadear diversas doenças.
O que é o HPV
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O papilomavírus humano faz parte de uma família de mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. Nem todos os tipos de HPV evoluem para câncer. Dos 150 tipos diferentes, apenas 13 são oncológicos, sendo que os tipos 16 e 18 são os mais comuns.
A doença é sexualmente transmissível e pode desencadear diferentes complicações que vão desde verrugas genitais até câncer de colo uterino, canal anal, vulva, vagina, pênis e orofaringe.
Contaminação do HPV
Embora trate-se de uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), a contaminação não acontece apenas no ato sexual. É possível contrair o HPV por contato direto com a pele ou mucosa infectada, seja ele oral, genital, anal ou manual. Por isso, a prevenção é feita por meio do uso de preservativos e também pela vacinação. O vírus pode ainda passar de mãe para filho.
Diagnóstico
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O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.
Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).
Lesões subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas.
Doenças causadas pelo vírus
Doenças cardiovasculares
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Um estudo publicado recentemente na revista Circulation Research demonstrou que mulheres coreanas infectadas pelo HPV de alto risco são 22% mais propensas a desenvolver doenças cardíacas ou ter um derrame do que as mulheres não infectadas pelo vírus. O risco foi calculado considerando ainda fatores como: tabagismo, ausência de atividade física e índice de massa corporal.
A pesquisa foi replicada em outras regiões e os riscos permaneceram maiores entre mulheres com o vírus.
Pesquisadores acreditam que isso se dá porque o HPV é capaz de mexer com vias de inflamação e atuar nas paredes dos vasos sanguíneos aumentando a formação de placas de obstruções arteriais, causando a aterosclerose (acúmulo de placas de gordura). A evolução dessa doença poderia gerar infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Apesar da associação, os especialistas ressaltam que ainda são necessários mais estudos para comprovar de forma concreta essas conclusões.
Verrugas
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O HPV age de modo a causar infecções na pele e mucosas, sendo assim, um dos seus principais sinais de aparecimento são as verrugas – que podem aparecer tanto na região genital como na mão ou em outras regiões do corpo.
Olho de peixe
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O vírus também pode levar ao surgimento do chamado olho de peixe – uma infecção muito comum que acontece na sola do pé. Também chamada de verruga plantar, ela se parece muito com calos, mas na realidade é completamente diferente e contagiosa.
Lesão oral
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As mucosas da boca também podem ser afetadas pelo vírus HPV, levando ao surgimento de verrugas ou papilomas na língua. Essas lesões tendem a ser benignas e gradualmente dissolvidas pelo próprio sistema imunológico. No entanto, em casos mais graves em que a imunidade do paciente está muito afetada, é possível que elas tomem maiores proporções e gerem dor.
Doenças sexualmente transmissíveis
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