Manter-se hidratado é crucial para o bom funcionamento do organismo e saúde renal
É só o tempo esfriar que o consumo de água cai vertiginosamente. Afinal, por perdermos menos líquido pela transpiração, nosso cérebro acaba sendo enganado e reduz a sensação de sede.
No entanto, a água é essencial para o bom funcionamento do nosso corpo, principalmente os rins, que trabalham sem pausa para filtrar o sangue e eliminar toxinas. Além disso, é comum que a gente acabe indo mais vezes ao banheiro no inverno, em um processo natural para evitar o aumento da pressão arterial e, ainda assim, nos manter aquecidos.
Entenda, então, quais os cuidados você deve ter nos dias mais frios do ano e porquê a hidratação no inverno é tão importante.
Por que se preocupar com a hidratação mesmo no inverno?

Segundo o nefrologista Dr. Bruno Piubelli, da Fenix Nefrologia, a redução do consumo de líquido durante os dias mais frios merece atenção. Isso porque, diferente do verão, ela pode levar à uma desidratação silenciosa.
Além disso, há um risco acentuado com relação à saúde renal. “A menor percepção de sede no inverno faz com que muitas pessoas passem horas, ou até o dia inteiro, sem ingerir água. Isso reduz o volume urinário, sobrecarrega os rins e facilita a concentração de toxinas no organismo, podendo evoluir para quadros graves”, explica o especialista.
Para evitar problemas, então, você pode fazer uma conta básica. Basta multiplicar o seu peso por 35ml. O resultado será a quantidade de líquido que você deve ingerir diariamente. Ou seja, se você pesa 62 kg, deve consumir aproximadamente 2,2 litros de água por dia.
Mesmo sem sede, é importante criar o hábito de beber água e você pode usar lembretes e alarmes para isso. Chás sem açúcar também podem ajudar a bater a meta diária de maneira mais fácil.
Além disso, é importante ficar atento ao consumo de álcool. Isso porque bebidas alcóolicas contribuem para a desidratação, uma vez que estimulam a perda de líquido.
Dessa maneira, o álcool pode levar a quadros graves como lesões renais agudas e até falência renal. Quando combinado com fatores como hipertensão ou uso inadequado de medicamentos, o risco cresce ainda mais.