Pediatra Ana Escobar explica sintomas da hepatite misteriosa: pais devem ficar atentos

Desde abril, após inúmeros casos, autoridades de todo o mundo alertaram para um surto de hepatite aguda entre crianças pequenas. Até o momento, nem mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) conseguiu obter uma explicação concreta para o grande número registrado da doença misteriosa.

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, a pediatra Ana Escobar explicou que os sintomas dessa hepatite em crianças são semelhantes aos sinais apresentados por pacientes com hepatites tradicionais.

Hepatite misteriosa em crianças: sinais e sintomas

De acordo com a médica, os pais devem ficar atentos e levar a um profissional de saúde as crianças que apresentarem sintomas como:

  • Febre
  • Dor no corpo
  • Dor de cabeça
  • Mal-estar
  • Vômito
  • Diarreia
  • Urina escura (“cor de guaraná”)
  • Olho amarelado
  • Fezes claras

A teoria mais aceita até o momento é a de que os casos de hepatite aguda misteriosa em crianças têm relação com uma infecção prévia por um tipo de adenovírus.

Mutação do vírus, sistema imunológico “pouco estimulado” das crianças por causa do isolamento imposto pela pandemia ou mesmo um possível efeito colateral pós-Covid-19 estão entre algumas das hipóteses.

Ao contrário do que já foi especulado, o surto de hepatite não tem qualquer relação comprovada com a vacina contra Covid-19. Afinal, segundo a OMS, a maioria dos casos já identificados da doença misteriosa ocorreram em crianças que não tomaram nenhuma das vacinas disponíveis do mercado, fazendo com que a hipótese não se sustente.

Hepatite
Rasi Bhadramani/Getty Images/iStockphoto

A maioria dos casos aconteceu com crianças que têm menos de cinco anos e são jovens demais para terem recebido a vacina, completou o NHS, órgão de saúde do Reino Unido.

Como a pista mais forte aponta para a relação entre a hepatite e a infecção pelo adenovírus, especialistas informam que a única técnica de prevenção até o momento é manter boas práticas de higiene pessoal. Lavar as mãos com frequência e orientar que crianças façam o mesmo fazem parte da prevenção contra este e outros vírus.

Ciência e saúde