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Desde o início da pandemia de COVID-19, tosse, febre e falta de ar são apontados como os principais sintomas do novo coronavírus, mas com o passar do tempo, outros sinais passaram a ser observados – e, recentemente, um estudo britânico analisou dados submetidos por pacientes da doença em um aplicativo, concluindo que pode haver seis ” tipos de COVID-19“, cada um com um conjunto específico de sintomas.
Estudo propõe 6 “tipos” de quadros de COVID-19
O estudo em questão foi elaborado por pesquisadores da King’s College, em Londres (Inglaterra), e compilou dados de um app chamado “COVID Symptom Study”, que vem coletando informações de pacientes com a doença submetidas por eles mesmos desde o início da pandemia. Com base neles, foi possível analisar quais sintomas geralmente apareciam juntos, com qual frequência e em quais perfis de pacientes.
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Assim, foram definidos os seguintes conjuntos de sintomas, cada um com alguns sinais proeminentes e partindo do que tem menores chances de se desenvolver de forma grave até o que mais apresenta esta probabilidade:
- “Parecido com gripe” e sem febre: dor de cabeça, perda do olfato, dores musculares, tosse, dor de garganta, dor no peito, ausência de febre;
- “Parecido com gripe” e com febre: dor de cabeça, perda de olfato, tosse, dor de garganta, rouquidão, febre e perda de apetite;
- Gastrointestinal: dor de cabeça, perda de olfato, perda de apetite, diarreia, dor de garganta, dor no peito, ausência de tosse;
- Gravidade nível 1, fadiga: dor de cabeça, perda de olfato, tosse, febre, rouquidão, dor no peito, fadiga;
- Gravidade nível 2, confusão mental: dor de cabeça, perda de olfato, perda de apetite, tosse, febre, rouquidão, dor de garganta, dor no peito, fadiga, confusão e dores musculares;
- Gravidade nível 3, abdominal e respiratória: dor de cabeça, perda de olfato, perda de apetite, tosse, febre, rouquidão, dor de garganta, dor no peito, fadiga, confusão, dores musculares, falta de ar, diarreia, dores abdominais.
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Além disso, segundo a nota sobre o estudo publicada pelos pesquisadores responsáveis por ele no site da universidade, também foi investigada a propensão de cada um dos grupos a precisar de ventilação mecânica ou suplementação de oxigênio. Com isso, foi identificado que 1,5% do tipo 1; 4,4% do tipo 2; 3,3 % do tipo 3; 8,6% do tipo 4; 9,9% do tipo 5; e 19,8% do tipo seis apresentaram esta necessidade.
Segundo o estudo, pessoas que apresentaram os tipos 4, 5 e 6 da doença eram, em comparação aos pacientes dos tipos 1, 2 e 3, mais velhas e frágeis, com mais propensão a sobrepeso e condições de saúde pré-existentes, como diabetes e câncer de pulmão. Quase todos os pacientes do grupo 6 precisaram ser internados em hospitais, enquanto no grupo 1, apenas 16% das pessoas necessitaram deste tipo de cuidado.
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Estas descobertas, de acordo com os responsáveis pela análise do levantamento, são um importante guia para a área médica. Conforme explica a pesquisadora Claire Steve, ao “prever” o possível desenvolvimento dos casos, é possível iniciar cedo alguns cuidados básicos como monitorar a oxigenação do sangue, os níveis de açúcar e a hidratação do paciente – todas precauções que podem ser tomadas em casa.
Para Tim Spector, professor da universidade e um dos autores do estudo, é importante que os usuários do aplicativo sigam fornecendo informações. “Dados são nossa ferramenta mais poderosa na luta contra a COVID-19. Pedimos que todos desenvolvam o hábito de usar o app diariamente para submeter [dados sobre] a saúde nos próximos meses, nos ajudando a antecipar focos [da doença] ou uma segunda onda” conclui.
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