Grupos transmitem Aids de propósito: entenda como e saiba se proteger

por | jun 30, 2016 | Saúde

Transmitir o vírus da Aids de forma proposital para o parceiro, sem que ele saiba, é um novo tipo de crime que vem deixando as pessoas assustadas. E com razão. Integrantes dos grupos chamados de “clube do carimbo” já estão sendo investigados pela polícia, pois esse comportamento sexual pode ser considerado um crime. A pena pode ser de dois a oito anos de prisão.

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Transmissão proposital do HIV

A prática consiste em não avisar ao parceiro ou parceira que é portador do vírus HIV e se recusar a transar sem camisinha, levando à contaminação (ato que, na gíria, é chamado de “carimbar”).

Em reportagem exibida no Fantástico do dia 15 de março de 2015, jornalistas simularam interesse no assunto e, sem se identificarem, conseguiram mostrar como tudo funciona. Os grupos são criados na Internet e portadores do vírus mandam mensagens fazendo contato para poderem participar.

É importante ressaltar que esse tipo de comportamento não diz respeito a todos os portadores do vírus HIV, mas somente a uma parte pequena deles que, segundo afirmam, sentem prazer em transmitir a doença a outras pessoas.

Aids tem tratamento?

Atualmente já é possível ter mais qualidade de vida mesmo sendo HIV Positivo. Desde 1996 o Brasil distribui gratuitamente o coquetel de medicamentos que não matam o vírus, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e a aumentar o tempo de vida. Além disso, em até 72 horas após a exposição ao risco, é possível buscar o tratamento de profilaxia em postos de saúde. 

O grande problema, no caso do “clube do carimbo”, é que a vítima não sabe que, ao fazer sexo, estava correndo o risco de contaminação e acabam só descobrindo mais tarde, com o agravante de saber que tudo foi planejado previamente pelo parceiro.

Prevenção da Aids

O melhor caminho é, portanto, a prevenção, que acontece principalmente através do uso da camisinha em todas as relações sexuais. O preservativo é oferecido de forma gratuita na rede pública de saúde.

Outra forma de contágio da Aids são: uso da mesma seringa contaminada por mais de uma pessoa; transmissão de mãe para filho na gestação, parto ou amamentação; instrumentos não esterelizados que furam ou cortam; e transfusão de sangue.

No Brasil, entre 2009 e 2013 a médica de pessoas que contraíram o vírus por ano foi de 39 mil e 700, de acordo com dados do Ministério da Saúde.