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Com uma carreira que lhe rendeu o posto de uma das modelos mais bem pagas do mundo e dois filhos apaixonantes que são frutos do casamento com o jogador de futebol americano Tom Brady, Gisele Bündchen parece ter a vida perfeita.
À revista norte-americana “People”, porém, ela deu detalhes sobre seu novo livro, “Lessons: My Path to a Meaningful Life”, em que revela nem sempre ter sido emocionalmente e mentalmente equilibrada como é hoje.
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Problemas de saúde mental: ansiedade, pânico e pensamento suicida
Falsas aparências
“As coisas podem estar parecendo perfeitas do lado de fora, mas você não tem ideia do que realmente está acontecendo”, afirma a modelo, revelando que, simultaneamente à fama, chegaram os problemas de saúde mental, como ansiedade e até ataques de pânico .
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Após tornar-se uma das queridinhas do mundo da moda (e das celebridades) quando desfilou para Alexander McQueen, ser capa da revista “Vogue” e assinar um contrato milionário com a marca Victoria’s Secret, ela começou a sofrer com ataques de pânico e chegou até a considerar suicídio.
Ataques de pânico
De acordo com Gisele, a primeira experiência com a ansiedade extrema aconteceu durante um voo turbulento que fez em um pequeno avião em 2003. Ela explica que, depois disso, passou a ter medo de túneis, elevadores e espaços apertados em geral, algo que a fazia se sentir culpada.
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“Eu estava em um momento maravilhoso da minha carreira, era muito próxima da minha família. Sentia como se eu não tivesse autorização para me sentir mal, mas me sentia impotente. Seu mundo fica cada vez menor e você não consegue respirar, é a pior sensação que já tive”, relembra a modelo.
Pensamento suicida
Conforme os ataques de pânico começaram a acontecer até enquanto Gisele estava dentro de casa, a modelo começou a considerar acabar com a própria vida. “Eu realmente sentia que ‘se eu pular da minha sacada, isso vai acabar e eu nunca mais vou ter de me preocupar com esse sentimento’”, afirma.
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Tratamento
Foi então que ela buscou ajuda psicológica, mas se negou a fazer tratamento com medicamentos por se sentir mal com a ideia de ficar dependente de algo.
Nesse momento, Gisele passou a cortar todos os hábitos prejudiciais que tinha, como o cigarro, o álcool e o açúcar em excesso, optando por uma rotina mais saudável que incluía ioga e meditação para combater o estresse.
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Também foi nessa época que a modelo decidiu terminar o relacionamento que tinha com o ator Leonardo DiCaprio por sentir que os objetivos dele não se encaixavam em sua “nova vida”.
Hoje, ela garante que não carrega sentimentos ruins com relação ao ex, e que, mesmo com todas as dificuldades, não mudaria nada em sua trajetória.
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“Todos os que cruzam nosso caminho são professores, eles entram na nossa vida para nos mostrar algo sobre nós mesmos, e eu acho que é isso que ele foi”, conta, e completa: “Tudo o que vivi, nunca mudaria, porque acho que sou quem eu sou por causa dessas experiências.”
Estereótipo da depressão
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a depressão é a principal causa de problemas de saúde e invalidez em escala global, e estima-se que mais de 300 milhões de pessoas apresentando o transtorno no mundo.
Tão comum quanto a doença, porém, é a subestimação do quadro, e da noção de que pessoas “depressivas de verdade” nunca têm momentos felizes e mal conseguem sair da cama ou executar tarefas normais do dia a dia – um estereótipo perigoso, por adiar a busca por ajuda.
Conforme explica a psicóloga Pamela Magalhães, algumas pessoas realmente se enquadram nesse estereótipo, mas a depressão começa a se manifestar de maneira gradual. “Os sintomas menos notados, muitas vezes, não são percebidos e evoluem aos poucos”.
Além da tristeza como uma constante – que é diferente de momentos tristes com o término de um namoro, por exemplo –, a psicóloga alerta para sintomas como falta de produtividade e de estímulo para viver o dia a dia, mudanças de humor bruscas e frequentes, queda da libido, mudanças no apetite, falta de interesse em hobbies e sensação de cansaço.
