Gastrite nervosa tem cura: sintomas da doença + 6 atitudes para sarar de vez

por | abr 11, 2017 | Saúde

É possível curar gastrite  nervosa? Há quem acredite que a doença é crônica e, portanto, será preciso conviver com ela o resto da vida, outros acham que ela é totalmente passageira. A verdade é que atitudes simples, principalmente na fase aguda, podem resolver o problema. Ensinamos quais são essas medidas a seguir. 

O que é gastrite nervosa?

De acordo com o cirurgião digestivo Amir Charruf, do Hospital Moriah, gastrite nervosa é o nome popularmente dado ao tipo de gastrite causado pelo estresse. A oscilação de humor causa o aumento de ácidos no estômago e a consequente diminuição da mucosa, revestimento natural do estômago, criando uma inflamação no órgão.

Causas

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O estresse acaba por aumentar a secreção de ácidos no estômago e alterar negativamente o hábito alimentar, fazendo com que o indivíduo fique muito tempo em jejum e consuma alimentos nada saudáveis. A partir disso, é criada uma situação propícia para o desenvolvimento da gastrite. 

O uso de medicamentos que fragilizam a proteção gástrica, como anti-inflamatórios, também colabora para o surgimento do problema.    

Sintomas de gastrite nervosa

Segundo o cirurgião, os principais  sintomas de gastrite no estômago incluem:

  • Dor aguda e queimação na boca do estômago, principalmente após comer;
  • Sensação de estar estufado mesmo após comer uma pequena porção de alimentos;
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Dificuldade de digestão.

Diagnóstico

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A doença só pode ser confirmada pela consulta com um gastroenterologista. Geralmente, apenas exames clínicos e relato dos sintomas já são suficientes para determinar o diagnóstico. Porém, quando o tratamento não tem resposta, é preciso realizar uma endoscopia digestiva para descartar a possibilidade de outro problema.

Como curar gastrite nervosa?

Sabe-se que gastrite nervosa tem cura, porém seu tratamento deve ser seguido à risca para que ela seja obtida. 

Controle do estresse

Como o próprio nome já diz, a gastrite nervosa está intimamente relacionada a oscilações de humor. Por isso, lidar melhor com estresse e ansiedade é o ponto de partida em busca de um estômago mais sadio.

É fundamental sempre consultar um gastroenterologista. Depois disso, fazer terapia com um psicólogo ou, em casos mais graves, consultar um psiquiatra são medidas importantes para conseguir organizar a própria rotina de uma forma tranquila.

Outra possibilidade é investir em exercícios físicos, ioga, meditação, relaxamento , acupuntura e outras terapias alternativas para lidar melhor com o estresse.  

Mudança de hábitos

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Uma atitude que tem grande potencial em resolver o problema é deixar vícios de lado. O cigarro e o álcool, por exemplo, irritam a mucosa e devem ser banidos.

Alimentação

Hábitos alimentares saudáveis, a começar por evitar alimentos que fazem mal para gastrite, também são indicados e garantem a cura do problema na maioria dos casos. 

O que comer?

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A dica geral é seguir uma alimentação saudável. Frutas, legumes, verduras, iogurtes, cereais, carboidratos integrais e carnes magras devem estar inclusos no cardápio, pois são fonte de fibras, proteínas e ainda têm propriedades antioxidantes, excelentes para recuperar a mucosa do estômago.

Quanto à carne, o ideal é apostar em sua versão cozida, assada ou grelhada, evitando frituras.

O que evitar?

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A relação entre alimentação e gastrite é muito individual. Ou seja, uma pessoa pode sentir-se mal com determinado alimento e outra não. No entanto, algumas comidas são conhecidas como causadoras de mal-estar na maioria das pessoas, já que irritam as paredes do estômago, como:

  • Alimentos fritos;
  • Alimentos muito temperados e/ou condimentados;
  • Comidas industrializadas enlatadas;
  • Café;
  • Chocolate;
  • Alguns tipos de chá como preto, verde e mate;
  • Pimentas;
  • Doces e carboidratos em excesso;
  • Massas em geral;
  • Molhos à base de tomate.

Há um debate em torno do consumo de frutas cítricas para gastrite nervosa porque se acredita que o pH ácido desse alimento influenciaria a mucosa gástrica. O cirurgião digestivo Amir Charruf concorda, já a nutricionista Gabriela Reis diz que não há relação, já que não existe alimento algum que seja mais ácido que o próprio estômago.

Evite jejum

Ficar muito tempo sem comer piora o quadro. Assim, programe-se para ingerir ao menos um lanche intermediário de três em três horas, como frutas, vegetais, bolachas de água e sal ou chás claros (como os de erva cidreira).

Cuidado também com o tamanho do prato: comer demais expande o estômago e, consequentemente, deixa as feridas maiores, impedindo a cura da gastrite nervosa.

Medicamentos

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De acordo com o cirurgião Amir Charruf, quando não há melhora dos sintomas por meio da reeducação alimentar e adoção de hábitos saudáveis, é necessário recorrer a medicamentos como omeoprazol, pantoprazol e esomprazol. Essas fórmulas agem pela redução da secreção ácida do estômago, o que ameniza a inflamação da mucosa.

Remédios que criam uma barreira de proteção gástrica, como sucralfato, também podem ser receitados. 

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