Você já experimentou a atemoia? Apesar de não ser uma fruta muito comum, nem barata, uma pesquisa feita pela Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp descobriu que ela pode ser uma aliada e tanto para uma vida saudável.
A atemoia é uma fruta híbrida que surgiu a partir do cruzamento de outras duas frutas, a fruta-do-conde e a cherimoia. Aparentemente, ela é bastante parecida com a fruta-do-conde, mas seu sabor e textura são um pouco diferentes.
No estudo, foram analisadas a casca, as sementes e a polpa da fruta, que é a única parte do fruto que é consumida pelas pessoas atualmente.
Benefícios da atemoia
Os benefícios foram encontrados em toda a fruta, mas principalmente na casca, que apresentou 10 vezes mais compostos bioativos que a polpa.
Atemoia previne câncer?

“A casca é a fração que contém a maior quantidade de compostos bioativos, que são benéficos para a saúde humana e capazes de prevenir o câncer, envelhecimento precoce e algumas doenças degenerativas, como artrite e artrose”, explica a pesquisadora da Unicamp e professora Maria Rosa de Moraes.
Além disso, seu alto poder antioxidante e seus compostos anti-inflamatórios também são capazes de prevenir até mesmo a aterosclerose, que é o acúmulo de gorduras e colesterol dentro das artérias.
Já as sementes da atemoia contêm grande quantidade de ácidos graxos insaturados, como ômega 3 e ômega 6, que são importantes para reduzir o colesterol ruim sem alterar o colesterol bom e, consequentemente, prevenir contra doenças cardiovasculares.
Como consumir?
De acordo com a pesquisadora, como ainda não existem estudos sobre possíveis propriedades antinutricionais da casca e das sementes da atemoia, não é indicado que ela seja consumida da mesma forma que a polpa.
Por isso, o indicado é que as pessoas optem por consumir a polpa, que também contém benefícios, como a mesma quantidade de potássio da banana: 300 gramas de atemoia contém 20% da quantidade diária de potássio exigida pelo nosso organismo.
E como a polpa fica em contato com as sementes e a casca, ela acaba absorvendo algumas propriedades do restante da fruta.
“Outros estudos podem ser feitos para saber se casca e sementes podem ser consumidos, mas como a polpa fica bem aderida à casca, um pouco da casca sempre vem quando a pessoa come a polpa”, comenta Maria Rosa.
Apesar de a polpa ser consumida principalmente na forma in natura, ela também pode ser usada no preparo de sucos, purês e até congelada.
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