Há anos, médicos de todo o mundo alertam para a importância do uso diário do protetor solar mesmo em ambientes fechados, mas mesmo quem já adota o hábito tem o costume de passar o produto apenas no rosto, ignorando outras partes do corpo que também ficam expostas. Recentemente, porém, uma foto que mostra o efeito de ter este hábito viralizou – e a diferença é gritante.

E uma impactante imagem que tem circulado nas redes sociais prova como é real o efeito do protetor solar. A foto mostra uma mulher que, durante 40 anos, aplicou diariamente no rosto o filtro solar. O pescoço não recebeu o mesmo cuidado e atualmente, aos 92 anos, a idosa apresenta diferença impressionante dos danos causados pelo sol na região.
Efeito do envelhecimento sem protetor solar
Nas últimas semanas, uma foto que mostra uma parte do corpo de uma mulher não identificada viralizou devido à diferença da pele do rosto e do pescoço dela. O registro, que chocou muita gente, é de um estudo publicado no periódico Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology em outubro 2021, mas só agora se popularizou na internet.
De acordo com o documento, elaborado pela Escola de Medicina da Universidade Técnica de Munique, na Áustria, a presença de manchas notáveis no pescoço da mulher de 92 anos – cuja pele do rosto não tem, nem de longe, o mesmo aspecto – foi registrada após 40 anos de filtro solar apenas no rosto.
Apesar de o trabalho não dar detalhes sobre possíveis condições de saúde da paciente, a foto serve de alerta – e, no Twitter, por exemplo, a dermatologista Melina Ferraz a utilizou para explicar o fenômeno com mais detalhes.
Essa imagem publicada em artigo do JEADV, de mulher de 92 anos que usava protetor solar na face, mas não no pescoço, por mais de 40 anos, reforça alguns conceitos (segue o fio): pic.twitter.com/C2Mr5Lc7Sc
— Melina Ferraz (@melinafdermato) September 2, 2022
A médica explica que as principais alterações visíveis no pescoço da paciente seriam elastose e melanose solar, reflexos de danos solares contínuos por mais de 10 ou 15 anos. De acordo com a profissional, “não existe mancha da idade, existe mancha de sol”.
Ainda segundo a dermatologista, a educação em saúde envolvendo fotoproteção deve fazer parte da estratégia de prevenção em saúde pública visando diminuir casos de câncer de pele. “Protetor solar é o melhor anti-manchas, antissinais e antirrugas que existe”, completa.