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Em entrevista ao apresentador Pedro Bial, no programa Conversa com Bial, da Rede Globo, a atriz Heloísa Périssé falou sobre seu quadro de depressão e deu um discurso simples, mas importante, que pode ajudar a tirar o estigma da doença.
Ao lado da também atriz Maria Clara Gueiros, Heloísa conversava com a colega e o apresentador sobre como episódios de tristeza podem ajudar no processo criativo da comédia.
Foi neste momento que, fazendo a diferenciação entre tristeza e depressão, Bial recordou-se de que a comediante viveu uma crise depressiva há algum tempo.
Depressão de Heloísa Périssé
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Ao perguntar pare Heloísa se ele encontrava-se medicada atualmente, a humorista respondeu: “Eu sou medicada. Eu não estou”, assumiu de forma honesta e leve.
Heloísa, então, seguiu o discurso enfatizando que não há por que ter vergonha de tratar o quadro depressivo, já que é uma doença como qualquer outra. “Nós somos química. Existe uma química dentro do nosso corpo e, se ela se desequilibra, você tem que equilibrar. É normal.”
A atriz ainda contou que incentiva que pessoas procurem ajuda quando desconfiam de que algo pode estar acontecendo com sua saúde mental, e não se sintam acanhadas em pedir ajuda para um profissional.
“Eu encorajo todo mundo que às vezes passa por certos tipos de situação, e que às vezes ficam envergonhados, ficam tímidos [a procurar ajuda].”
Depressão: como identificar?

No Brasil, 7,6% da população adulta sofre com a depressão – ou seja, 11,2 milhões de brasileiros com mais de 18 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.
O alto índice pode ser relacionado também ao fato de a doença muitas vezes ser subestimada pelas pessoas. Afinal, estereotipar os sintomas pode prejudicar quem tem depressão, uma vez que é comum pessoas acharem que seus sentimentos podem ser algo banal que não necessitam de tratamento.
“É parte da vida passar por momentos tristes, como o término de um namoro, a demissão de um trabalho, engordar ou emagrecer com aquela dieta insuportável, ser assaltado e assim por diante. Mas são casos pontuais, que passam”, explica a psicóloga Pamela Magalhães.
A depressão, por outro lado, é uma doença grave e sua maior característica é ir além de um momento pontual de tristeza.
“É uma doença como outra qualquer, cujo principal sintoma é a tristeza um sentimento constante. E pode se manifestar durante a maior parte do dia, quase diariamente, por um período de, no mínimo, duas semanas. Se esse sentimento se manifesta durante a maior parte do tempo, pode ser depressão”, alerta o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL).
Causas da depressão
Algumas hipóteses indicam a causa da depressão como uma consequência da queda da seretonina, hormônio que faz parte dos neurotransmissores do cérebro responsáveis pelo sono, apetite e humor. Outras relacionam a doença com o estresse.
Tratamento para depressão

O psiquiatra da APAL aponta a combinação entre remédios e psicoterapia como a forma mais efetiva para o tratamento da depressão. “As pessoas precisam entender que a depressão é uma doença, que necessita do acompanhamento adequado e, na maioria das vezes, com uso de medicamentos”, alerta da Silva.
A psicóloga Pamela ainda reforça que o acompanhamento de um profissional é fundamental para tratamento de quadros de depressão, especialmente pelo que ocorre no corpo do paciente. “É muito importante ter o acompanhamento com um especialista, inclusive por conta do desequilíbrio hormonal que a depressão acarreta”, aconselha a psicóloga Pamela.
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