Reconhecer os sinais e sintomas da sífilis é essencial para evitar as graves complicações dessa doença. Só no Brasil, o número de casos aumentou 5.000% de 2010 a 2015, segundo o Ministério da Saúde. O grande perigo é que o problema costuma passar despercebido pela maioria das pessoas, o que atrasa o tratamento e facilita a transmissão.
Sintomas de sífilis
De acordo com o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, a sífilis é uma doença que se manifesta em três fases com evolução e sinais próprios.
Sífilis primária: feridas genitais
Os sintomas da sífilis primária incluem feridas internas ou externas na região genital, ânus ou boca.
Como costumam sarar sem tratamento, não serem doloridas e não terem pus, essas lesões são frequentemente ignoradas.
Sífilis secundária: lesões na pele
Essa fase ocorre aproximadamente seis meses após a primeira e tem como principal sintoma lesões ou manchas indolores na pele do corpo, especialmente nas mãos e pés. Ainda pode haver nódulos na virilha ou pescoço, cefaleia e dor de garganta.
As manifestações também se tratam naturalmente nessa fase.
Sífilis terciária: lesão nos ossos e cérebro
Os sintomas da sífilis terciária não têm data exata para se manifestar, podendo surgir de dois a 40 anos após a fase secundária.
Período final e mais grave da doença, é caracterizado pela chegada da bactéria da sífilis no sistema nervoso, o que leva a consequências neurológicas como terror noturno, pesadelos, convulsões, demência e alterações cerebrais.
Também há prejuízo para o sistema cardiovascular, além de degeneração óssea grave, especialmente na tíbia (osso da canela), no úmero (antebraço) e no fêmur (osso que liga o joelho ao quadril), a qual resulta em dor intensa e deformidades.
Como identificar?
Muitas pessoas deixam de tratar as fases iniciais por atribuírem seus sintomas a alguma alergia, o que permite com que a doença avance e prejudique cada vez mais a saúde. Como resultado, hoje a sífilis é uma epidemia mundial, apesar de seu tratamento ser muito simples e altamente eficaz.
A dica é estar atento aos pequenos sinais e não considerá-los normais, já que podem se tratar de sintomas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Realizar consultas de rotina e exames periódicos também é importante para identificar e tratar quaisquer alterações rapidamente.
Por fim, usar preservativo é a maneira mais eficaz de evitar o contágio e transmissão da bactéria por trás da doença.
DST sífilis: leia mais
- Depilação ‘à brasileira’ eleva risco de sífilis, clamídia e mais
- Como se proteger da sífilis, doença com incidência cada vez maior
- Casos de sífilis congênita crescem em ritmo alarmante