Ambos os casos de febre Oropouche em São Paulo aconteceram em áreas rurais
Em meio aos alertas do Ministério da Saúde sobre possíveis complicações da febre Oropouche em mulheres grávidas, o Estado de São Paulo registrou seus primeiros casos da doença. Transmitida por mosquitos, a doença é um risco para mulheres grávidas devido à transmissão vertical e à possibilidade de prejudicar o bebê.
Febre Oropouche em São Paulo
Dois casos de febre Oropouche foram confirmados no Estado de São Paulo na última quinta-feira (1). O monitoramento de casos da doença no País ocorre há meses devido à possibilidade de riscos especialmente a mulheres grávidas e seus bebês.
Conforme informou a Agência Brasil, a Secretaria Estadual da Saúde anunciou os diagnósticos após confirmação com exames de RT-PCR feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, referência em vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental. As infecções ocorreram em duas mulheres moradoras de Cajati, na região do Vale do Ribeira, e ambas se recuperaram.
Segundo a Secretaria, as duas pacientes não tinham histórico de viagens a outras regiões do País nos últimos 30 dias. Sendo assim, não há risco dos casos terem ligação com a propagação dos casos em escala nacional e se tratam, na realidade, de casos autóctones (vírus contraído no local onde se vive).
O que é febre Oropouche: sintomas e mais
A febre Oropouche é semelhante à dengue. Isso porque ela também é transmitida por mosquitos e tem entre os principais sintomas:
- Febre repentina;
- Dor de cabeça;
- Dor no corpo.
Em geral, a doença segue seu curso sem a necessidade de atendimento médico. No entanto, como pode haver complicações, indica-se buscar um hospital ou posto de saúde ao apresentar quadros como esse.
Além disso, gestantes requerem atenção especial. Isso porque, recentemente, a transmissão vertical (da mãe para o bebê) foi identificada e, além disso, há suspeitas de danos ao feto. É possível que a doença afete bebês em formação da mesma forma que o zika vírus – mas isso ainda não foi confirmado e alguns casos suspeitos estão sob análises.
Como prevenir a doença
O Ministério da Saúde aconselha:
- Manter distância de locais com alta proliferação de mosquitos;
- Manter a higiene do lar em dia;
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo;
- Usar repelente na pele que estiver à mostra.