A campeã do BBB 16 Munik Nunes aderiu aos implantes de silicone nos seios há um mês. Apesar de ter adorado o resultado, o pós-operatório veio acompanhado de um efeito muito indesejável: a queda de cabelo.
Queda de cabelo após cirurgia

“Meu cabelo sempre caiu em quantidades normais, mas depois que eu fiz a cirurgia ele começou a cair muito. A parte da frente do cabelo está bem rala e ele está muito oleoso”, comentou sobre a queda capilar.
De acordo com a ex-BBB, ela começou a perceber a queda acentuada e as unhas quebradiças já no quinto dia após a cirurgia. “Com cinco dias eu já passava a mão no meu cabelo e saía aquele tufo. A casa ficava cheia de cabelo”, relembra.
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Munik comenta, no entanto, que não se assustou e que o efeito colateral já era esperado. Isso porque não é incomum o cabelo cair após cirurgia. Apesar de a ex-BBB acreditar que o processo foi provocado pela anestesia, o dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo Valcinir Bedin assegura que a sedação não tem relação com a queda de cabelo.
Estresse cirúrgico
Bedin explica que o que desencadeia o efeito é o estresse cirúrgico. “Tem até um nome para isso: eflúvio telógeno, que é o nome dado à queda de cabelo reversível após um evento estressante”, comenta o especialista.
O que acontece?

O dermatologista explica que quando o corpo sofre uma agressão, como a cirurgia, ele aumenta o nível de um hormônio chamado cortisol (hormônio do estresse). Este hormônio, quando em maior quantidade no nosso organismo, compete e impede a entrada de nutrientes no cabelo.
Como os nutrientes responsáveis pelo nascimento e crescimento dos fios não chegam até o cabelo, ele cai.
O eflúvio telógeno também pode acontecer por fatores emocionais e não apenas após procedimentos cirúrgicos. “Separação, morte de um ente querido, até após acidentes, febre muito forte, infecção, doença, todos estes eventos podem levar a uma queda abrupta do cabelo”, afirma Bedin. Uma das principais causas de queda de cabelo é o estresse do dia a dia.
Além disso, o presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo explica que cirurgias com implante ainda têm o agravante da colocação de um corpo estranho, que pode desencadear uma alergia à prótese implantada.
“É bem raro a pessoa ter alergia à prótese, mas caso isso aconteça o aumento de cortisol é ainda maior e a queda pode ser ainda mais acentuada”, afirma sobre uma complicação possível.
Entre as características da alergia à prótese estão vermelhidão, coceira, inflamação e dor. Caso isso aconteça, é necessário fazer um tratamento com antialérgico e observar o que acontece.
Como tratar?

A queda de cabelo costuma acontecer logo após a cirurgia e pode demorar até quatro meses para ser normalizada. “O cabelo volta a crescer sem fazer nada, mas demora mais se a pessoa não tomar nenhum suplemento”, comenta Bedin.
Para evitar a queda de cabelo, o dermatologista indica que a pessoa comece a tomar suplementos um mês antes da cirurgia para aumentar a oferta de nutrientes específicos para o cabelo e continue com o suplemento até o cabelo voltar ao normal.
Munik está fazendo um tratamento para queda em um spa de cabelo, comendo mais proteína e tomando sucos ricos em vitaminas para ajudar os fios a voltarem a crescer fortes.
Como identificar?
“A queda normal você não vê no dia a dia. Mas se você começa a ver cabelo no travesseiro quando acorda, espalhado pela casa, caindo no teclado do computador, na comida, o ideal é procurar um médico”, diz sobre sinais de alerta para queda de cabelo.