Fadiga crônica: sintomas e tratamento

por | jun 30, 2016 | Saúde

Aquele cansaço que não passa nunca pode ser mais do que falta de descanso. A síndrome da fadiga crônica (SFC) é uma doença complexa que na maioria das vezes é confundida com o estresse. “Esse problema é pouco diagnosticado porque, na maioria das vezes, os sintomas são atribuídos à vida agitada, dieta inadequada e sedentarismo, o que retarda o início do tratamento”, explica a endocrinologista Tatiana Cunha. Por razões desconhecidas, a fadiga crônica surge geralmente depois de um processo infeccioso e incomodar o paciente por anos.

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Sintomas

A doença, que já recebeu nos últimos dois séculos várias denominações como neurastenia, síndrome da fadiga pós-viral, encefalomielite miálgica e mononucleose crônica, tem como principal sintoma a fadiga diária em período igual ou superior a seis meses. Segundo a International Chronic Fatique Syndrome Study Group (ICFSSG), para caracterizar a fadiga crônica, esse cansaço deve vir acompanhado de pelo menos quatro outros sintomas como dores musculares, dores nas articulações sem sinais inflamatórios, dor de cabeça, dor de garganta, gânglios doloridos e inflamados, alteração da concentração e da memória recente, febre baixa, alterações no sono e fraqueza intensa que persiste por 24 horas após a atividade física.

Cansaço persistente é um dos principais sintomas da fadiga crônica / Crédito: Thinkstock

Diagnóstico

Segundo a especialista, o diagnóstico é feito por exclusão, já que o cansaço é um sintoma comum em outras doenças como fadiga adrenal e hipotireoidismo. Por isso, o médico deve investir outras causas médicas como depressão, infecções, doenças cardiovasculares, intoxicação por pesticida, apneia do sono, doenças autoimunes e tumores malignos antes de diagnosticar a fadiga crônica. A síndrome acomete mais mulheres, sobretudo brancas e jovens, e os sintomas podem durar de 37 a 56 meses.

Tratamento

De acordo com Tatiana, os tratamentos propostos seguem as recomendações da ICFSSG e se baseiam na redução e se possível na eliminação dos sintomas. “Atividade física leve, mudança no estilo de vida evitando tarefas exaustivas mentais e físicas e medidas para combater o estresse são as principais medidas”, completa.