Engana-se quem acha que todas as vulvas são iguais. Aliás, há tanto pudor acerca dessa região do corpo feminino que acabamos sabendo pouco sobre ela e até trocamos as bolas na hora de nomeá-la. Lembre-se: vulva é a parte externa e vagina é a parte de dentro, que não pode ser vista.
Assim como o resto do corpo, a genética define cor, tamanho e forma de cada uma. Apesar da infinidade de detalhes desta região, é possível classificar quatro grandes diferenças. A seguir, veja quais são os tipos de vulva e como cuidar de cada um deles.
Vulva x vagina: qual é a diferença?
Vulva e vagina não são a mesma coisa. A primeira é a parte íntima exterior, composta por pelos pubianos, pequenos e grandes lábios e clitóris. Já a vagina é a parte interna que recebe o pênis no sexo heterossexual.
Diferentes tipos de vulva

A fisioterapeuta com especialização em uroginecologia Cátia Damasceno explica que não existe um único padrão quando o assunto é estética vaginal. “Há diferenças na forma externa e no tamanho do canal vaginal. Algumas características podem até impactar a saúde sexual e a autoestima da mulher”, explica.
Os tipos de vulva variam de acordo com duas características: o tamanho dos pequenos e grandes lábios e a proeminência da região do clitóris.
Beijo ou coração
A vulva desse formato é marcada por grandes lábios rechonchudos, que cobrem os pequenos lábios e a região clitoriana.
Segundo o cirurgião plástico Luís Felipe Maatz, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), algumas mulheres com essa forma podem se incomodar visto que ela marca calças e biquínis. Contudo, há quem goste do formato.
Borboleta
É caracterizada pelos pequenos lábios avantajados, que se sobressaem perante os grandes e o clitóris.
Cuidado
A fisioterapeuta Cátia Damasceno ressalta que em alguns casos o excesso dos pequenos lábios causa atrito na relação sexual.
Por isso, é importante que a mulher com esse tipo de vulva esteja atenta a incômodos, machucados e até dificuldades na higienização. Caso isso acontece, vale consultar um especialista.
Clitóris aparente
Chamada popularmente de “tocha olímpica”, o terceiro tipo de vulva apresenta o prepúcio feminino (“capuz” que cobre o clitóris) avantajado ou até mesmo o próprio clitóris com hipertrofia. Em ambas as formas, a região clitoriana sobressai para fora dos grandes e pequenos lábios.
Cuidado
Em casos extremos, essa característica pode causar atrito com roupas e incomodar.
Púbis alta
Há quem chame esse tipo de vulva de capô de fusca, pois é caracterizado por um volume marcante na região do monte de Vênus, que é a parte de cima da púbis.
Em relação a esse tipo, não há qualquer cuidado que deva ser específico, apenas os gerais relacionados à saúde íntima.
Cor da vulva

Assim como a forma, as tonalidades da vulva também variam, visto que podem ser mais claras, avermelhadas, rosadas ou arroxeadas.
Apesar das diferenças, todas as cores são absolutamente normais e saudáveis.
Cirurgia íntima é opção só em casos específicos
Cada tipo de vulva é único e especial, não sendo indicado realizar a cirurgia plástica íntima apenas pela busca do padrão estético exposto em revistas e filmes, por exemplo.
Segundo o cirurgião plástico Luís Felipe Maatz, a labioplastia só é indicada quando a característica em questão prejudica a relação sexual ou a autoestima feminina, como no caso dos pequenos lábios que aumentam a fricção no sexo.
“Na consulta, o cirurgião realiza uma avaliação física adequada, ouve os desejos da paciente e mostra os possíveis procedimentos para ajudá-la a recuperar sua autoestima”, orienta.
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