Estudo descobre 2 sintomas de Parkinson que surgem até 10 anos antes do diagnóstico

Apesar de afetar cerca de 10 milhões de pessoas no mundo todo segundo a organização “ Parkinson’s Foundation” , a doença de Parkinson segue sendo uma doença ainda bastante misteriosa, mas descobertas recentes podem não só ajudar com o diagnóstico precoce, mas com um tratamento mais efetivo. De acordo com um estudo publicado em 2022, dois novos sintomas prévios foram associados à condição – e eles podem surgir de cinco a dez anos antes dos sinais clássicos que, geralmente, levam ao diagnóstico.

Sintomas de Parkinson: estudo descobre 2 novos sinais

Publicado no periódico “ JAMA Neurology”, um estudo recente realizado com a população de uma área bastante diversa do Reino Unido levantou informações importantes sobre sintomas prévios da Doença de Parkinson. Ao analisar informações de mais de 1 milhão de indivíduos coletadas entre 1990 e 2018, foi identificado que 1.055 deles desenvolveram a condição degenerativa – e, entre eles, havia uma série de sintomas em comum, incluindo dois cuja relação ainda não havia sido confirmada.

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Em meio às análises, os autores do estudo descobriram que, além de tremores e dificuldades cognitivas já amplamente associados ao Parkinson, perda de audição e epilepsia também são comuns mesmo anos antes do desenvolvimento de um quadro mais severo (momento em que, geralmente, o paciente acaba sendo diagnosticado). De acordo com a pesquisa, perda auditiva está associada a uma chance 66% maior de desenvolver o quadro degenerativo, enquanto pacientes com epilepsia tem duas vezes e meia mais risco de ter a doença.

Por ser o primeiro estudo amplo sobre o tema realizado com uma população que não é primordialmente branca, mas sim diversa (incluindo idades e etnias diferentes, bem como uma condição socioeconômica mais baixa), este material ajuda a entender melhor o Parkinson – e, conforme afirmou Alastair Noyce, um dos autores da pesquisa, em um comunicado destinado à imprensa britânica, isso pode facilitar não só o diagnóstico precoce, mas os estudos sobre uma possível cura da doença.

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“As pessoas buscam o médico com sintomas, mas frequentemente não têm o diagnóstico pelos próximos cinco ou dez anos. Tremor, por exemplo, é um dos sintomas mais identificáveis de Parkinson – mas foi identificado dez anos antes do diagnóstico no nosso estudo. Isso é muito para os pacientes esperarem. Se nós conseguirmos diagnosticar o Parkinson mais cedo […] significa que podemos fazer mais do que apenas melhorar a qualidade de vida dos pacientes, e talvez estar na posição de desacelerar ou curar o Parkinson no futuro”, afirmou ele.

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