Estudo conclui: pílula do câncer não tem efeito adverso, mas eficácia ainda é incerta

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) acaba de finalizar e divulgar os resultados da primeira etapa de seus testes com a fosfoetanolamina, popularmente conhecida como “pílula do câncer”. Essa fase do estudo se propôs a identificar a toxicidade da droga, ou seja, a capacidade de causar efeitos deletérios. Veja a seguir o que os pesquisadores descobriram.

Pílula do câncer: há efeitos adversos?

Os pesquisadores do Icesp avaliaram a segurança da fosfoetanolamina em 10 pacientes que receberam as cápsulas de maneira controlada. Esse estudo é o primeiro a avaliar a ação da droga em humanos; até então ela só havia sido testada em laboratório e animais.

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Na primeira etapa, que durou dois meses, não houve qualquer efeito tóxico significativo referente à fosfoetanolamina, o que significa que não há efeitos adversos graves.

“A avaliação dessa primeira etapa foi fundamental para assegurarmos que não havia risco de eventos adversos graves associados ao uso da substância. A partir de agora, a pesquisa determinará se há eficácia da fosfoetanolamina, abrangendo um número maior de pacientes”, destaca o oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp.

Eficácia do medicamento: próxima etapa do estudo 

A conclusão acerca da segurança da fosfoetanolamina permitirá que os pesquisadores sigam para a próxima etapa das análises, fase em que será testada a eficácia da droga. Serão incluídas mais 20 pessoas, todas elas pacientes do Icesp, em cada um dos grupos avaliados, divididos por localização do tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado.

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A duração da próxima etapa deverá durar seis meses e, com o correr do estudo, serão incluídos mais pacientes.

Fosfoetanolamina