Violência, excesso de trabalho e trânsito estão entre os motivos de casos de estresse em grandes centros urbanos. Segundo Magaly Arrais, cardiologista do Hospital do Coração (HCor), esses fatores causam aumento da pressão arterial e a liberação de hormônios que podem comprometer seriamente a saúde cardíaca.
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Segundo a cardiologista, em estado de tensão e alerta contínuo do corpo, o cérebro sofre alterações que levam a uma liberação de altos níveis de hormônios. Isso gera uma instabilidade no organismo, que pode provocar espasmos na artéria coronária que irriga o coração, além de lesionar células cardíacas conhecidas como miócitos em decorrência do aumento dos radicais livres. “O excesso de hormônios como o cortisol e a adrenalina, por exemplo, aumentam os batimentos cardíacos e elevam a pressão arterial”, explica Magaly.
A psicóloga do hospital Priscila Regina Torres Bueno lista os sintomas desse problema e dá dicas para aliviar a tensão.
Sintomas
Competição profissional, violência, insegurança e perdas financeiras podem desencadear um quadro de tensão e níveis mais altos de estresse. Segundo a psicóloga, com estresse a pessoa entra em um estado de desequilíbrio físico e mental que pode ter vários estágios. “Na fase de alerta, o estresse se traduz em dores musculares, irritabilidade, sensibilidade emocional e inquietação”, explica a profissional. No estágio seguinte, dos sintomas comuns são o cansaço e a perda de memória.
De acordo com Priscila, quando o organismo não consegue se adaptar ao fator que causa o estresse, o indivíduo entra na fase da exaustão, no qual pode haver dificuldade de concentração, perda de memória, falta de interesse sexual, impotência, infecções ginecológicas, distúrbios menstruais, erupções dermatológicas, quedas de cabelo, perda ou ganho de peso e desânimo.
Como aliviar a tensão
Quando o organismo fica em alerta, é preciso tentar restabelecer o equilíbrio. A dica da psicóloga para tentar reverter o quadro de estresse é desfrutar de momento que tragam prazer e relaxamento como a prática de exercícios físicos. “Além disso, é muito importante reconhecer os próprios sentimentos e procurar o apoio de pessoas próximas ou de especialistas”, ressalta ela.
