A epilepsia, síndrome que afeta temporariamente o funcionamento do cérebro, é mais comum do que se imagina. Segundo dados fornecidos por Luciano de Paola, coordenador do Departamento Científico de Epilepsia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), 250 milhões de pessoas no mundo terão uma crise de epilepsia na vida.
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Cerca de 50 milhões de habitantes foram diagnosticados com problema e a cada ano surgem 2,5 milhões de novos casos. Só no Brasil, o número de pessoas que sofre com epilepsia chega a três milhões.
O que é
Caracterizada por ser uma síndrome que alteram temporariamente e de forma reversível as funções do cérebro, a epilepsia é conhecida por suas crises que podem durar segundos ou minutos. Segundo o especialista, na maioria dos casos o desaparecimento dos sintomas é espontâneo, contudo é comum que eles se repitam periodicamente.
Causas
“As principais causas estão relacionadas a doenças ou traumas, como tumores cerebrais, meningite, encefalite, acidentes vasculares e derrames“, explica Dr. Paola. De acordo com ele, 40% dos pacientes não conseguem descobri a causa do problema.
Dormir bem ajuda a evitar as crises / Crédito: Thinkstock
Diagnóstico
O diagnóstico da epilepsia pode acontecer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em crianças e idosos acima de 60 anos. Exames específicos, como a ressonância magnética, a neuroimagem e a eletroencefalografia são capazes de detectar lesões existentes no cérebro.
Crise
A intensidade da crise pode variar desde uma confusão na mente ou apagão até o caso mais grave quando há convulsão. “Nesses casos, a pessoa chega a tremer, salivar e, em alguns casos, morder a língua”, afirma o médico. Segundo o especialista, a epilepsia não pode ser evitada e todas as pessoas estão sujeitas a desenvolver a síndrome. “A pessoa que é epiléptica deve dormir bem, evitar febres e intoxicação por álcool e drogas para que as crises não sejam tão frequentes”, completa Dr. Paola.