Dor intensa e repentina de cabeça acompanhada por sensação de formigamento, aversão à luz e som e vertigem e que não é aliviada com analgésicos comuns pode ser sinal de enxaqueca com aura. A doença neurológica caracterizada pela cefaleia frequente representa um risco ainda maior para mulheres que tomam pílula, entenda o motivo.
O que é enxaqueca com aura?
A enxaqueca com aura visual é uma doença em que o indivíduo enxerga pontos luminosos, flashes e imagens distorcidas e ocorre normalmente momentos antes de uma crise de dores. De acordo com o neurologista Marcelo Calderaro, do Hospital Samaritano de São Paulo, ela tem causas genéticas, mas pode ser motivada por agentes desencadeadores, chamados de gatilhos.
Os gatilhos mais comuns da enxaqueca vão desde variações hormonais, a hábitos alimentares, passando por jejum prolongado, mudanças no padrão de sono, esforço físico e estresse.
Além da aura visual, a condição pode vir acompanhada de outros sintomas, como dor de cabeça unilateral e intensa, sensibilidade à luz e a barulhos, náuseas e vômitos.

Enxaqueca com aura e anticoncepcional: perigo maior
Pesquisas mostram que a enxaqueca com aura está ligada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e AVC. Isso acontece porque o acometimento altera os vasos sanguíneos, o que intensifica a necessidade de acompanhamento médico periódico.
Por outro lado, já é bem sabido que a pílula altera a coagulação do sangue, aumentando o risco de tromboses e AVCs.
“Há discussões médicas que indicam que mulheres acima de 35 anos, com enxaqueca aura, que fazem uso de anticoncepcional e que são fumantes têm muito mais risco de ter problemas cardiovasculares”, explicou ao VIX o Dr. Marcelo Calderaro.
Tratamento
Como a enxaqueca não tem cura, seu tratamento deve ser baseado na junção de três hábitos: prática de atividades físicas, definição de padrões de sono e o manejo do estresse. Geralmente, essas medidas são suficientes para reduzir a frequência e intensidade das crises, explica o neurologista.
Em casos mais graves, um médico poderá receitar remédios para amenizar a dor e indicar tratamentos preventivos. Porém, esta análise só pode ser feita com orientação especializada.