O endométrio é um tecido cuja função é receber e nutrir o embrião no início da gravidez e, quando a fecundação não acontece, esse tecido descama – é a menstruação. Entretanto, algumas células do endométrio, por vezes, são implantadas em outros órgãos, como ovários, tubas uterinas, bexiga, intestino e até mesmo dentro do próprio útero. À essa deslocação do tecido dá-se o nome de endometriose.
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Uma das principais preocupações das mulheres diagnosticadas cirurgicamente com essa doença é a possibilidade de engravidar. Segundo o ginecologista e especialista em reprodução humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira, a doença diminuir as chances de gravidez, mas existem tratamentos. “A relação entre endometriose e infertilidade varia segundo a idade da mulher e o grau de avanço da doença. Depois dos 35 anos, a fertilidade tende a diminuir naturalmente e, se diagnosticada a endometriose, a concepção pode ocorrer com mais dificuldade”, explica.
Como engravidar com endometriose?
Segundo o médico, a se mulher quer engravidar com endometriose é fundamental procurar um especialista para verificar a possibilidade e os tratamentos mais indicados. De acordo com o Dr. Renato, os métodos de reprodução assistida, por exemplo, são boas alternativas para conquistar a gravidez. “No caso da inseminação intrauterina, a estimulação dos ovários pode corrigir a disfunção ovulatória proveniente da endometriose, facilitando a formação do embrião”, afirma.
A fertilização in vitro também é uma boa opção. “Neste procedimento, feito em laboratório, há possibilidade de formação de um maior número de embriões, além de independer de um acometimento das tubas uterinas pela endometriose. Por isso há chance maior de alcançar a gravidez”, comenta o ginecologista.
Sintomas da endometriose
A endometriose pode afetar as mulheres desde a primeira até a última menstruação, sendo o principal sintoma a cólica menstrual, que pode incapacitar a realização de tarefas habituais ou mesmo manifestar-se durante as relações sexuais. “Além desses sintomas, as mulheres podem apresentar alterações urinárias ou intestinais durante a menstruação. Nos casos mais avançados, a dor pode ocorrer também fora do período menstrual”, ressalta o médico.