Após operar câncer no pâncreas, Edu Guedes terá de viver sem o baço: como é possível?

Entenda como o corpo humano consegue viver sem o baço, algo que acontece em casos como o do apresentador, que teve de retirá-lo

Com câncer no pâncreas, Edu Guedes fez uma cirurgia delicada na qual removeu parte desse órgão, alguns gânglios regionais e o baço. Esse órgão desempenha funções importantes no corpo, especialmente relacionadas ao combate a infecções – mas, apesar disso, é possível viver sem ele. Entenda como:

Como é possível viver sem o baço?

(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

O baço é um órgão que fica do lado superior esquerdo do abdômen e serve para funções como filtrar o sangue, armazenar certos tipos de células e produzir anticorpos para o combate a infecções. Apesar de ser importante, porém, o corpo humano consegue viver sem ele.

É o caso, por exemplo, do apresentador Edu Guedes. Após descobrir um tumor no pâncreas, ele teve de retirar não apenas a cauda (uma das extremidades) desse órgão, como também o baço. Procedimentos como esse são necessários em casos de cânceres, acidentes, infecções graves e outras condições.

câncer no pâncreas
(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

Mas, afinal como vive uma pessoa que teve de remover o baço? Tudo começa com o fato de que o corpo humano é capaz de compensar a falta de algumas funções. O fígado, por exemplo, passa a agir mais ativamente na filtragem do sangue, por exemplo.

O que mais pode ficar prejudicado após essa cirurgia é a função imunológica do baço. Ela não pode ser totalmente substituída e, assim, a pessoa fica mais vulnerável a infecções, especialmente as bacterianas. Um exemplo é o que se conhece como infecção fulminante pós-esplenectomia, quadro de progressão rápida que pode inclusive levar a óbito.

câncer no pâncreas
(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

Sendo assim, quem vive sem o baço precisa tomar alguns cuidados preventivos duradouros. Isso pode incluir a aplicação de algumas vacinas (como a de pneumonia, meningite, influenza, Covid-19 e hepatite B, por exemplo) e uso de tratamento preventivo com antibióticos.

Além disso, o indivíduo precisa dar atenção redobrada a quadros de saúde, especialmente quando eles envolvem febre, evitar viagens a destinos com alto risco de infecções endêmicas (como malária) e informar devidamente todos os profissionais de saúde sobre a ausência do baço antes de realizar procedimentos. Isso porque, nesse caso, pode ser necessário administrar antibióticos antes do procedimento.

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