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Edu Guedes não vai precisar de quimioterapia ou radioterapia para câncer no pâncreas: entenda

Situação de Edu Guedes, que foi diagnosticado com um câncer geralmente agressivo que tende a ser descoberto em estágios avançados, é bastante rara

Dias após receber alta da cirurgia em que removeu um tumor no pâncreas, Edu Guedes afirmou que não precisará de nenhum outro tratamento contra o câncer a partir de agora. Essa situação é rara, visto que a maior parte dos casos da doença são diagnosticados em estágio avançado e, portanto, com necessidade de tratamento adjuvante. Entenda em quais situações ele não é necessário.

Por que Edu Guedes não vai fazer quimioterapia ou radioterapia?

câncer no pâncreas edu guedes
(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

Tratamentos como quimioterapia e radioterapia são necessários na maioria dos casos de tumor no pâncreas. Ainda assim, há casos raríssimos nos quais eles não são necessários após a cirurgia – e essa é a situação do apresentador Edu Guedes, diagnosticado recentemente com um câncer no pâncreas.

Enquanto investigava cálculos renais que precisavam ser retirados, o chef recebeu dos médicos a notícia de que havia um tumor em seu pâncreas. Após três cirurgias relacionadas ao problema anterior, ele foi então submetido a outro procedimento delicado que removeu parte do pâncreas, gânglios regionais e também o baço.

Agora, em nota, a equipe do apresentador afirmou que não haverá necessidade de fazer quimioterapia ou radioterapia, algo que pode acontecer por algumas razões:

Câncer no pâncreas muito inicial

edu guedes
(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

Como não tem sintomas e não existe um protocolo de rastreamento específico para essa doença, o câncer no pâncreas tende a ser descoberto em estágios avançados. Isso reduz muito as chances de cura – e requer, além da cirurgia (quando possível), tratamentos adjuvantes. A situação, porém, muda quando o tumor é muito inicial.

Se o diagnóstico for extremamente precoce, com o câncer restrito ao pâncreas, sem invasão de vasos sanguíneos ou acometimento de gânglios, o risco de haver uma recidiva (ou seja, do câncer retornar) é baixo. Por isso, esse cenário permite que alguns pacientes não precisem de tratamentos adjuvantes.

Segundo a American Cancer Society, isso é especialmente real em casos de tumores menores que 2 centímetros, sem envolvimento de linfonodos e que puderam ser retirados completamente durante a cirurgia.

Tipo favorável de tumor

Edu Guedes
(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

Nem todos os cânceres no pâncreas são iguais. Eles podem ter diferenças no tipo de célula que forma o tumor – algo que também dita seu comportamente. Se o tumor não for um adenocarcinoma ductal, tipo mais agressivo da doença, por exemplo, o comportamento é menos agressivo. Sendo assim, o prognóstico é mais favorável e pode não haver necessidade de tratamento adjuvante.

Segundo informações da Cleveland Clinic, tumores neuroendócrinos de baixo grau, por exemplo, podem ser tratados apenas por cirurgia caso seja constatado seu crescimento lento. Isso é especialmente real quando a cirurgia alcança a remoção completa do tumor.

Cirurgia bem-sucedida

(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

Um tumor no pâncreas pode ser de difícil remoção completa, mesmo quando inicial. Isso e outras características da doença podem favorecer o risco de ela reaparecer depois do procedimento. Quando ele pode ser retirado completamente em uma cirurgia que não deixa qualquer vestígio da doença nas margens cirúrgicas, é possível que médicos optem por uma conduta diferente do tratamento adjuvante.

Nesses casos, especialistas podem pedir que o paciente faça acompanhamento frequente para avaliar a situação em vez de submetê-lo a quimioterapia e radioterapia preventivamente.

Edu Guedes está curado do câncer?

câncer no pâncreas
(Crédito: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial)

A não-realização de terapias adjuvantes após a cirurgia do câncer de Edu Guedes não significa que o apresentador esteja curado. Essa decisão pode indicar fatores como:

  • Sucesso na remoção total do tumor;
  • Ausência de comprometimento dos linfonodos;
  • Diagnóstico de tumor menos agressivo.

Como o câncer é uma doença “persistente”, o termo “cura” na oncologia depende de diversos fatores. Geralmente, após um tratamento bem-sucedido, o paciente entra em remissão, situação em que não há vestígios da doença no corpo (ou em que o tumor está sob controle, quando não há com operá-lo).

A cura é declarada, geralmente, após anos de acompanhamento oncológico sem sinais da doença retornando.

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