Doenças de pele no verão: como se prevenir?

Evitar a exposição ao sol das 10h às 16h e usar protetor solar diariamente são dicas essenciais para aproveitar o verão de uma forma saudável e sem causar danos à pele. Ainda assim, algumas  doenças de verão, como acne solar, herpes labial, foliculite, furúnculo, impetigo, micose, fitofotomelanose e câncer de pele, podem acabar surgindo. Veja como se prevenir e cuidar de cada uma delas.

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Doenças de pele mais comuns

Micoses

É mais comum no pescoço, ombros, costas e colo, mas pode surgir em qualquer parte do corpo. Para  evitar as micoses, evite umidade excessiva na pele, use roupas frescas e, após o banho, enxugue bem as dobras entre os dedos dos pés. Sapatos fechados sem meias também devem ser evitados. “O mais importante é tratar a micose logo que ela aparecer, para que não se espalhe e se torne difícil o tratamento”, explica a dermatologista Maria Fernanda Gavazzoni, da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro.

Acne solar

Parece uma espinha comum, mas é uma lesão inflamada com pus que pode surgir depois de uma exposição ao sol forte aliada ao uso de produtos oleosos, como óleos bronzeadores. O ideal é evitar esse tipo de cosmético e optar por versões oil free.

Foliculite e furúnculo

As duas infecções são causadas por bactérias e podem surgir devido ao atrito causado pelo calor, muito comum principalmente na região entre as coxas. A dica dodermatologista Egon Daxbacher, diretor da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro, é optar por roupas sintéticas que tenham atrito e que absorvam o suor. Caso as infecções já tenham surgido, higienize bem o local e evite coçar.

Impetigo

Também causada por bactérias, essa infecção é mais comum no rosto e na parte superior do tronco e causa pequenas lesões que podem formar pus e estourar, formando crostas. Evite coçar, pois isso pode romper a pele  fazer com que as bactérias penetrem e se proliferem ainda mais.

Herpes labial

A melhor forma de  prevenir a herpes é evitar o contato com a área em que a pessoa esteja com o vírus. Se as bolinhas já tiverem surgido, evite coçar. “Elas podem se romper e deixar pequenos ferimentos no lugar”, explica o médico.

Fitofotomelanose

O nome é complicado, mas o problema é muito conhecido. São as manchas causadas pela reação da luz do sol com substâncias presentes nas cascas de frutas como limão e caju. “Nunca manuseie estas frutas no sol, pois mesmo lavando as mãos com sabão, a substância não sai da pele e pode reagir com o sol por algumas horas. E os perigos são exatamente relacionados com a queimadura por reação solar destas substâncias. Há formação de bolha que evolui para pigmentação escura”, diz a médica. 

Problemas de pele: como cuidar

Para evitar todos esses problemas, durante o verão os  cuidados com a pele precisam ser dobrados. “As pessoas que possuem tendência a ter manchas e ao próprio câncer de pele devem ter mais cuidado ainda. Nestes casos, o indicado é a utilização de um protetor com FPS acima de 30. Em dias de piscina ou de praia, o FPS do produto deve ser entre 45 e 60, os melhores para a intensa exposição solar”, orienta o médico.

Além disso, deve-se frequentemente observar a pele, ficar atento ao surgimento de pintas e manchas e procurar um médico anualmente ou quando houver algum sinal suspeito. Os  tratamentos de pele também devem ser feitos apenas por um médico dermatologista, e nunca por conta própria.