Doença do beijo é o perigo do Carnaval

O Carnaval é sinônimo de blocos de rua, micaretas, álcool, calor e muito beijo na boca. Essa combinação, apesar de divertida, pode ser perigosa devido a uma doença chamada mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como doença do beijo. Em casos mais raros e graves, essa doença pode se transformar em meningite ou anemia hemolítica.

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A mononucleose é altamente contagiosa e é transmitida por transfusão de sangue e, principalmente, pela saliva. De acordo com Alberto Chebabo, infectologista do Bronstein Medicina Diagnóstica, o beijo é o principal disseminador da doença. “Os principais fatores para a proliferação da mononucleose são a grande concentração de pessoas em um pequeno espaço, o que propicia aglomeração e facilita a dispersão do vírus, e a troca de saliva por meio do beijo.”

Sintomas

Os principais sintomas da doença do beijo são febre, dor de garganta, mal-estar, fadiga e aumento do tamanho dos gânglios (com dor), do fígado e do baço. Esses sinais duram até três semanas. Cerca de 10% dos pacientes apresentam erupção cutânea.

O médico alerta que o tratamento inadequado feito à base de antibióticos pode agravar os sintomas.  “A mononucleose é uma virose e esses remédios (como penicilina) não têm indicação no tratamento. Só estão indicados quando a doença se complica em algum processo bacteriano”, alerta Carlos Figueiredo, chefe do CCIH do Hospital de Clínicas Padre Miguel (RJ).

Transmissão

O vírus é transmitido pela saliva e provoca inchaço dos gânglios, mal-estar e dor de garganta. Crédito: Thinkstock

O período de incubação do vírus pode chegar a 30 dias, o que facilita a transmissão da doença. Mesmo que sem apresentar os sintomas, uma pessoa pode transmitir a mononucleose.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico nem sempre é fácil, porque outras viroses apresentam sintomas parecidos. Na consulta, o médico deve considerar o histórico do paciente e solicitar exames específicos. “Exames laboratoriais podem apresentar linfócitos atípicos, o que serve de orientação para o médico prescrever o melhor tratamento”, finaliza Chebabo.