Flexível e aderente ao corpo humano: dispositivo eletrônico do futuro iluminará sua pele

por | abr 27, 2022 | Saúde

Macio, elástico, flexível e aderente ao corpo humano: assim poderá ser o seu próximo dispositivo eletrônico no futuro. Desenvolvido por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o “aparelho” faz com que o mais moderno smartwatch pareça algo bem ultrapassado.

Dispositivo tem tela inspirada na pele humana

Inspirada na pele humana, a tela elástica e potencialmente remodelável foi idealizada pela engenheira química Zhenan Bao e apresentada em um artigo publicado em 23 de março na revista Nature.

Essa nova tela se baseia na descoberta de um método para produzir um polímero elástico emissor de luz de alta luminosidade, que funciona como o filamento de uma lâmpada.

O dispositivo tem um brilho máximo que é pelo menos o dobro de uma tela de celular convencional e pode ser esticado para o dobro de seu comprimento original sem rasgar. Graças à sua flexibilidade e elasticidade, essa tela pode ser presa ao braço ou ao dedo e não danifica quando dobrada ou flexionada.

Uma descoberta iluminada

A maioria dos polímeros emissores de luz são rígidos e racham quando esticados. Os cientistas podem aumentar sua flexibilidade adicionando materiais isolantes elásticos, como borracha. Mas esses aditivos diminuem a condutividade elétrica, o que exige que o polímero use uma voltagem perigosamente alta para gerar até mesmo luz fraca.

Mas há cerca de três anos, os cientistas descobriram que um polímero emissor de luz de cor amarela chamado SuperYellow não apenas se tornava macio e flexível, mas também emitia luz mais brilhante quando misturado com um tipo de plástico elástico.

Ao contrário da adição de borracha, a rede interconectada de fibras em nanoescala que tornam o SuperYellow elástico não inibe o fluxo de eletricidade, algo fundamental para desenvolver uma tela brilhante.

“Imagine uma tela onde você possa ver e sentir o objeto tridimensional na tela”, disse Zhenan Bao, em comunicado à imprensa. “Esta será uma maneira completamente nova de interagir uns com os outros remotamente”, concluiu a engenheira química.

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