Enquanto assistia ao marido, Murilo Endres, jogar na final da Superliga Masculina de vôlei em São Paulo, a também jogadora Jaqueline Carvalho deu um susto em todos. Na arquibancada, ela dava uma entrevista à repórter Fabiola Andrade, do canal SporTV, quando avisou que estava passando mal e desmaiou em seguida.
Ao VIX, a assessoria da jogadora confirmou que o mal-estar foi causado por uma queda de pressão devido ao calor que fazia no local, e que Jaqueline não demorou a se sentir melhor.
Assim como aconteceu com ela, dias quentes e outros fatores simples podem fazer qualquer um passar por isso, e alguns cuidados podem ajudar a manter o problema longe.
Queda de pressão: como ela acontece?
A pressão arterial é gerada pela “força” que o sangue faz nos vasos sanguíneos ao circular pelo corpo. Quando há pouco sangue circulando no organismo ou os vasos estão mais dilatados que o normal – fazendo com que a força dessa circulação caia automaticamente pela maior facilidade em percorrer as artérias –, a pressão cai e isso pode gerar uma série de sintomas.
Em geral, é quando a medição fica abaixo de 9 x 6 que o corpo começa a manifestar os sintomas clássicos de uma queda brusca de pressão, como tontura, visão embaçada, náuseas, fraqueza e até desmaios. De acordo com o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo Rogério Marra, porém, a ocorrência raramente provoca complicações para além do mal-estar momentâneo.
“O maior risco é se machucar durante a queda em casos de desmaios”, afirma o especialista, ressaltando que, apesar disso, caso os sintomas também incluam febre, dores, falta de ar ou inchaços, o ideal é consultar um médico para descartar qualquer condição perigosa que possa ter a hipotensão como um sinal. Em geral, levantar-se muito rapidamente, desidratação e temperaturas muito altas são as causas mais comuns do problema.
Prevenção e primeiros socorros
Conforme explica Hélio Castello, cardiologista intervencionista e diretor do grupo Angiocárdio, a melhor forma de prevenir quedas de pressão é aumentar a ingestão de água e outros líquidos que garantam uma boa hidratação, já que isso regula a quantidade de sangue circulando no corpo e possibilita uma pressão mais estável.
Na hora do mal-estar, no entanto, os cuidados precisam ser mais imediatos. Nesses casos, é comum que se ofereça sal para a pessoa que está passando mal, mas, segundo Castello, esse não é o ideal. “Ele recupera muito pouco o nível da pressão”, afirma, ressaltando que a hidratação é mais importante do que o sal.
Além disso, ele indica que a pessoa deve se deitar confortavelmente e elevar as pernas acima do nível do coração, fazendo com que o corpo se recupere e os sintomas desapareçam.
