Apesar de ser rotulada como um único transtorno mental, a depressão têm sintomas extremamente variantes e, por isso, cada pessoa a sente de uma maneira diferente. Um novo estudo, realizado nos Estados Unidos, mostra que essas distinções começam nas conexões cerebrais, sendo elas as responsáveis pelos 4 subtipos neurofisiológicos de depressão.
Tipo de depressão é determinado nas conexões cerebrais
Pesquisadores do Weill Cornell Medical College, que fica em Nova York (EUA), analisaram exames de ressonância magnética de mais de 1.100 pessoas e chegaram à conclusão de que o transtorno pode ser dividido em 4 subtipos neurofisiológicos.
O que define esses subtipos são os padrões de conectividade nas regiões cerebrais fronto-estriatal e do sistema límbico, e eles poderão ser diagnosticados através da identificação de biomarcadores específicos, detectados pelos pesquisadores durante o estudo.
A principal vantagem dessa descoberta é o fato de ela permitir prever qual será a eficácia do tratamento com estimulação magnética transcraniana, uma terapia não invasiva que usa ondas eletromagnéticas para estimular determinadas áreas cerebrais e vem demonstrando sucesso no tratamento da depressão.
Subtipos de depressão
Os padrões de conectividade cerebral também estão relacionados com sintomas específicos. Por exemplo: a redução na conectividade na parte do cérebro que regula o comportamento relacionado ao medo e a reapreciação de estímulos emocionalmente negativos é mais severa nos subtipos 1 e 4, que mostram ansiedade aumentada.
De acordo com a revista norte-americana Shape, que teve acesso ao artigo científico completo, essas são as características gerais:
Subgrupo 1
Caracterizado por ansiedade, insônia e fadiga.
Subgrupo 2
Os principais sintomas são exaustão e diminuição da energia.
Subgrupo 3
Esse subtipo é caracterizado pela inabilidade em sentir prazer e letargia dos movimentos e fala.
Subgrupo 4
As pessoas desse grupo sentem, principalmente, ansiedade, insônia e inabilidade em sentir prazer.
Transtorno depressivo
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