Em maio, a atriz Deborah Secco deixou seus seguidores preocupados quando, repentinamente, foi internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Na ocasião, ela não abordou o assunto, mas, recentemente, falou sobre o que ocorreu em entrevista ao “Fofocalizando” (SBT), revelando ter enfrentado uma forte alergia à amoxicilina, um antibiótico bastante comum.
Deborah Secco teve alergia a amoxicilina
Ao programa, Deborah explicou que passou cerca de oito dias internada lidando com a reação alérgica que teve ao remédio – algo que lhe rendeu alguns sintomas bem desagradáveis. “’Pipoquinhas’ pelo corpo todo, boca, língua, acabou que alterou um pouco meu fígado e meu rim”, disse a atriz, declarando que ainda não está 100% recuperada.
“Foi um tratamento longo, muitos dias de cortisona, estou aqui toda inchadinha”, disse ela, se referindo ao efeito que esse tipo de medicamento costuma ter no corpo.

Alergia a amoxicilina: sintomas e como proceder
Ainda que o antibiótico seja comum, usado contra infecções bacterianas (como amigdalites, por exemplo), possíveis efeitos adversos estão descritos na bula, sendo alguns deles mais comuns e outros raros.
De acordo com a bula da medicação, entre 1% e 10% dos pacientes que fazem uso da amoxicilina podem apresentar algumas reações leves, como diarreia e enjoo – que podem, segundo as informações, ser controladas com o uso de outros medicamentos ou tomando o antibiótico no início das refeições. Além disso, a mesma porcentagem pode apresentar erupções na pele.
Dentre as pessoas que utilizam o remédio, entre 0,1% e 1% delas podem apresentar alguns sintomas mais graves, como vômitos, urticária e coceira – sendo o segundo deles parte do quadro revelado por Deborah. A atriz, porém, se enquadra em uma porcentagem ainda menor de pacientes que têm reações fortes à amoxicilina: menos de 0,01%.

Ainda que essas reações afetem pouquíssimas pessoas, a lista de sintomas que se apresentam mais raramente durante o uso do medicamento é longa, e inclui outros dos que foram citados por Deborah, como as manifestações características de processos alérgicos e efeitos indesejados no fígado e nos rins.
De acordo com a bula, além de alterações sanguíneas – que podem resultar em infecções frequentes, sangramentos incomuns e anemia -, convulsões, colite (inflamação no cólon) e mudanças na coloração da língua, a amoxicilina pode provocar erupções na pele, urticária, inchaço da face e dos lábios e dificuldade para respirar – todos sinais comuns de alergia.
Efeitos no fígado e nos rins

Segundo a bula, os efeitos da amoxicilina sobre o fígado surgem em forma de enjoos, vômitos, perda de apetite, sensação de mal-estar geral, febre, coceiras, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escurecida e o aumento de certas enzimas produzidas por este órgão. Quanto aos rins, ela é capaz de provocar dor para urinar, assim como a presença de sangue ou cristais no líquido.
No documento, há também a informação de que, para pacientes que já têm insuficiência renal, a eliminação do antibiótico pelo corpo é mais lenta e, conforme o grau da condição, a dose da medicação precisa ser receitada de maneira específica pelo médico.
Prevenção e cuidados
A amoxicilina faz parte de uma classe de antibióticos – as penicilinas, e, embora isso não ocorra em 100% dos casos, quem tem alergia a um desses medicamentos, pode ter a outros do mesmo tipo. A bula orienta então que quem já tenha apresentado reações alérgicas a antibióticos similares (penicilina, dicloxacilina, entre outros), não utilize a amoxicilina.

Conforme informações da Mayo Clinic, em geral pacientes que já apresentaram outras alergias – como reações a alimentos, ou a outros tipos de medicamento – ou histórico familiar de alergia a medicamentos têm mais chances de apresentar uma reação a esse medicamento e devem discutir com o médico essas informações.
De acordo com a bula, ao sentir qualquer desconforto durante o período em que o medicamento está sendo administrado, o paciente deve buscar auxílio médico o mais rápido possível e, em casos de sintomas típicos de alergia (como urticárias e problemas para respirar), é necessário interromper o uso do remédio além de procurar socorro imediatamente.
Tratamento
Segundo a Mayo Clinic, diagnosticada a alergia ao medicamento, o médico deve descontinuar seu uso, podendo receitar então anti-histamínicos, corticoides e outros medicamentos para tratar a alergia e possíveis inflamações decorrentes desse processo.