Apesar de a camisinha ser o contraceptivo mais conhecido quando se trata de estratégias preventivas oferecidas gratuitamente pelo Governo, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferta uma série de métodos anticoncepcionais que vão desde os de barreira até os hormonais e de longo prazo. Veja quais métodos contraceptivos é possível utilizar de graça pela rede pública de saúde.
Métodos contraceptivos pelo SUS: 9 tipos
- Camisinha masculina e feminina
Já bastante conhecido pela população, o preservativo masculino é distribuído até em locais públicos e não é difícil de encontrar. O feminino, no entanto, é mais raro de se ver – mas, em postos de saúde, também é possível adquiri-los gratuitamente.
- Diafragma
Menos conhecido que a camisinha, o diafragma também é um método de barreira. Em forma de anel (como um coletor menstrual mais “raso”), ele é colocado internamente no canal vaginal de forma a cobrir o colo do útero, bloqueando então a passagem do espermatozoide. Este método, porém, não é tão eficaz quanto a camisinha em termos de prevenção da gravidez e não funciona contra doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, para adquiri-lo é preciso consultar um médico para receber um treinamento específico de como inserir o dispositivo, bem como medir o colo do útero para ter um diafragma do tamanho apropriado.
- Anticoncepcional injetável (trimestral e mensal)
Antes disponíveis em apenas duas variações, os anticoncepcionais injetáveis (doses aplicadas mensal ou trimestralmente) oferecidos pelo sus foram incrementados recentemente. Antes, eram oferecidos o acetato de medroxiprogesterona e a combinação de enantato de noretisterona e valerato de estradiol – e, nas últimas semanas, foram incluídas as combinações de acetato de medroxiprogesterona com cipionato de estradiol e de algestona acetofenida com enantato de estradiol, conforme anunciado no Diário Oficial da União.
- Pílula combinada
Outro tipo bastante conhecido de contraceptivo, as pílulas anticoncepcionais combinadas contêm uma junção de estrogênio e progesterona. Com isso, elas inibem a ovulação e, por isso, são relativamente eficazes na prevenção da gravidez – mas, como dependem da ingestão diária e não previnem contra doenças, é indicado utilizá-las em combinação com a camisinha.
- Minipílula
Assim como a pílula anticoncepcional convencional, esta medicação age inibindo a ovulação e impedindo, assim, a gravidez indesejada. Este tipo de pílula, porém, contém apenas um tipo de hormônio (a progesterona), tornando-a menos eficaz na contracepção, mas mais segura quanto ao risco de desenvolver trombose causada pelo anticoncepcional.
- Pílula do dia seguinte
Criada para uso emergencial (no caso, por exemplo, da camisinha sair ou furar durante a relação sexual), a pílula do dia seguinte contém progesterona em uma quantidade mais elevada que a das pílulas comuns. Oferecida gratuitamente em Unidades Básicas de Saúde (UBS), ela deve ser tomada o mais cedo possível após a relação e até cinco dias depois. Por ter uma quantidade grande de hormônio, porém, ela pode interferir no ciclo menstrual e causar efeitos colaterais. Além disso, ela não deve ser usada com frequência.
- Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre
Inserido no útero, o DIU de cobre libera pequenas quantidades desta substância no local, tornando-o “tóxico” para espermatozoides e impedindo a fecundação. De longa duração, ele pode permanecer até dez anos no útero e também é fornecido pelo SUS – e, para utilizá-lo, é preciso buscar uma UBS ou hospital, agendar uma consulta com um ginecologista da rede pública e solicitar o dispositivo.
- Implante hormonal
Incorporado ao SUS em 2021, o implante hormonal é outro método contraceptivo de longo prazo disponível para mulheres adultas entre os 18 e os 49 anos. Neste caso, ele é inserido no braço, logo abaixo da pele, e consiste em um pequeno bastão plástico de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro.
Contendo etonogestrel, ele libera pequenas quantidades de hormônio continuamente na corrente sanguínea, impedindo a ovulação e prevenindo, portanto, a gravidez – e é possível usufruir deste efeito por até três anos.
- Laqueadura e vasectomia
Métodos tidos como definitivos, a laqueadura e a vasectomia são procedimentos cirúrgicos realizados no sistema reprodutivo feminino e masculino respectivamente.