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Em seu Instagram, a atriz Tatá Werneck revelou ter medo de viagens de avião. O pavor deste meio de transporte é tanto que a comediante precisou até usar cadeira de rodas para conseguir enfrentar uma viagem feita com aeronave nesta semana.
Por que Tatá Werneck usou cadeira de rodas?
https://www.instagram.com/p/BgxKpy0FnAt/?taken-by=tatawerneck
De modo bem descontraído, Tata compartilhou uma foto sua no Instagram em que aparece sentada em uma cadeira de rodas no saguão do aeroporto. “Tatá, você tem medo de avião? Não. Viajo numa boa”, brincou a atriz.
Em um primeiro momento, alguns seguidores de Tatá na rede social questionaram por que a atriz estava utilizando aquele tipo de aparato para se locomover. Alguns até acharam que a artista zombava dos usuários.
Contudo, ela explicou, nos comentários, que não se tratava de piada com outras pessoas, mas sim de uma revelação – feita de forma leve – sobre o seu medo de voar de avião. Ela também aproveitou para explicar sobre seu quadro de pânico que teve no passado durante um voo e como, hoje em dia, precisa utilizar medicamentos que a deixem sedada para conseguir voar – o que a impossibilita até de andar, levando à necessidade de cadeiras de roda para se locomover.
https://www.instagram.com/p/BohSY-ul9vR/?taken-by=tatawerneck
“Não é piada. É algo sério que eu passo. Desenvolvi pânico desde que tive uma crise de asma num voo. Desde então, só viajo de carro ou sedada. E, sedada, não dá pra andar. Quis divulgar o pânico porque muitas pessoas passam por isso. E a minha maneira de lidar com meus medos é tentando brincar”, explicou a um usuário que a criticou pela suposta piada envolvendo a cadeira de rodas.
“Passei por um pânico ao voar. Fiz 12 viagens de carro emendando com gravações e só voo dopada e de cadeira de rodas porque estou sedada. Divulguei [a imagem] para mostrar que todo mundo tem pânico e para nada além disso”, escreveu a outro internauta que tratava sobre o uso de ansiolíticos antes do voo.
Pânico

A síndrome do pânico pertence ao grupo de transtornos de ansiedade, ou seja, distúrbios que têm em comum a estimulação de reações de luta e fuga do organismo, fazendo com que o sistema nervoso fique hiperativado e em estado de alerta.
Em crises de pânico, como a que Tatá vivenciou no passado, é comum que a pessoa sinta um repentino medo, seguido pela impressão de que algo de muito ruim acontecerá.
As crises podem ser conjuntas com a agorafobia, que é o medo de lugares cheios e situações que possam desencadear os sintomas. Também pode ocorrer sem a agorafobia e, nesses casos, os ataques acontecem independentemente da situação.

“Há casos em que há ataques um tanto quanto frequentes, como um por semana, durante meses. Outros com pequenos surtos ainda mais frequentes, como diários, por exemplo, com intervalo assintomático de semanas ou meses. E ainda os menos contínuos, que duram muito tempo, como dois por mês”, explica o psiquiatra Rafael Brandes Lourenço sobre a periodicidade dos ataques.
Causas
Não se sabe ao certo o que leva ao desenvolvimento do pânico, mas alguns fatores de risco corroboram para o aparecimento das crises, como predisposição genética, estresse, personalidade ansiosa, mudança na rotina, traumas.
O que a pessoa sente?
As crises de pânico geralmente começam com uma ansiedade muito intensa, que evoluem para sintomas como palpitação ou taquicardia, suor excessivo, tremores, falta de ar ou sensação de asfixia, dor ou incômodo no tórax, enjoo, desconforto no abdômen, tontura, instabilidade, desmaio, boca seca, calafrios, formigamento, sensação de irrealidade, despersonalização e medo de enlouquecer, adoecer ou morrer.
Tratamento para o pânico

O primeiro passo para o tratamento é procurar um psiquiatra que investigará o diagnóstico por meio de métodos clínicos. Se a doença for confirmada, é necessário recorrer a remédios para ansiedade e antidepressivos.
“O tipo de terapia com maior evidência de melhora para transtorno do pânico é o cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a modificar e controlar pensamentos automáticos e errôneos – como a ideia de que a crise pode levar à morte -, reconhecer que deixar de sair de casa por ansiedade causa prejuízos, aprender a relaxar e lidar com os fatores que desencadeiam as crises”, ressalta Lourenço.
Vale lembrar que a síndrome do pânico tem cura e quanto antes o diagnóstico, melhor o prognóstico e menor tende a ser o sofrimento do paciente e familiares – uma vez que a faz de cuidados devidos pode deixar o quadro crônico.
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