Abelha

Ataques e mortes por abelhas crescem no Brasil: como agir após uma picada?

Risco é maior quando pessoa picada está próxima de um enxame, já que o ferrão deixa um rastro para guiar as abelhas

Os ataques por enxames de abelhas estão crescendo cada vez mais no Brasil. Até julho deste ano, foram registrados mais de 18 mil acidentes. 

São 1 mil a mais do que ocorrências com serpentes no mesmo período. E no caso das abelhas, não há antídoto contra o veneno.

O que fazer após picada de abelha

Picada de abelha
(Crédito: Eduardo Gorghetto/ Unplash)

De acordo com artigo publicado por um grupo de pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), o envenenamento por picadas das abelhas africanizadas, que são aquelas amarelinhas, é um problema de saúde pública negligenciado

Essas abelhas têm comportamento defensivo, então atacam quando sentem que estão em perigo.  

Ao picar, elas deixam um ferrão que continua injetando veneno mesmo depois da separação com o resto do corpo do inseto. 

O veneno causa dor e desconforto físico. Então, em caso de ser picada, a pessoa deve:

  • – remover o(os) ferrão(ferrões) usando algo para raspar;
  • – não usar pinças, pois isso libera ainda mais veneno do ferrão;
  • fazer compressas frias e utilizar analgésicos para alívio da dor.
  • – procurar atendimento médico no caso de alergia ao inseto.

Quando são poucas picadas, o quadro pode variar entre uma inflamação local até uma forte reação alérgica, que é conhecida como choque anafilático. 

De forma geral, os sintomas são:

  • dor;
  • inchaço da região;
  • vermelhidão.

O inchaço e a vermelhidão podem durar alguns dias. 

No caso de reação alérgica mais grave, a pessoa acaba precisando de uma injeção de adrenalina, por isso o atendimento médico deve ser imediato.

Cuidados com enxames

Colmeia de abelhas
(Crédito: Damien Tupinier/ Unsplash)

O risco é maior quando há um enxame de abelhas por perto. Além de veneno, o ferrão também libera uma substância que alerta o grupo sobre a “ameaça” e indica o caminho até a pessoa picada.

É essencial buscar manter a calma após a picada de uma abelha e tirar o ferrão o quanto antes:

  • sem gritar;
  • sem se debater;
  • sem tentar matar a(s) abelha(s), que já vão morrer naturalmente após terem picado;
  • e sair do local o mais rápido possível.

Em caso de múltiplas picadas, é preciso procurar atendimento médico o quanto antes. Levar junto alguns dos insetos que provocaram o acidente pode ajudar.

Os sintomas podem ser:

  • coceira;
  • vermelhidão;
  • calor generalizado;
  • pequena lesão elevada na pele;
  • queda de pressão;
  • aceleração dos batimentos cardíacos;
  • dor de cabeça;
  • náuseas e/ou vômitos; 
  • cólicas abdominais;
  • dificuldade para respirar
  • choque anafilático;
  • insuficiência respiratória aguda;
  • ruptura do tecido muscular;
  • problema renal.

No geral, o tratamento é feito com medicamentos anti-inflamatórios, anti-histamínicos e corticosteroides. O cuidado adequado varia com a gravidade do quadro.

No pior dos cenários, a reação causada pela picada de uma ou mais abelhas pode levar à morte. 

Por conta do risco, a recomendação sobre colmeias é:

  • nunca manusear a colmeia; 
  • não fazer uso de inseticidas e venenos; 
  • evitar movimentos bruscos e ruidosos próximos ao ninho; 
  • isolar o local e chamar a Defesa Civil, os bombeiros ou uma empresa especializada em remoção.

Este texto usou informações da Agência de Notícias do Governo do Estado de São Paulo e do Meu SUS Digital.

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