Sempre que se fala em colesterol, cita-se o LDL, ou colesterol ruim, que pode causar doenças e entupir as artérias cujas e, por isso, deve ter suas taxas reduzidas; e o HDL, chamado de colesterol bom, que retira o excesso de colesterol dos tecidos e diminui a formação das placas de gordura. Mas uma pesquisa do centro médico e acadêmico Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, mostrou que, apesar de positivo, o HDL não é tão bom assim e pode trazer malefícios à saúde.
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De acordo com a pesquisa, em alguns casos o HDL pode perder seu fator protetor e desencadear inflamações e até entupimento de artérias, efeitos similares aos do LDL.
Riscos do colesterol alto
Isso acontece quando uma das proteínas presentes no HDL se oxida, invertendo o papel do colesterol bom, que passa a contribuir para o desenvolvimento da doença arterial coronariana. “No HDL existem partes diferentes e, provavelmente, estaríamos elevando todas genericamente ou uma porção não eficaz”, explica o médico Carlos Scherr, do Instituto Nacional de Cardiologia (INC).
Segundo ele, seria preciso criar medicamentos que identificassem as boas propriedades e as elevassem, o que ainda não é possível. O médico diz ainda que a qualidade do HDL é mais importante que a quantidade, mas que os resultados de exames continuam sendo mais satisfatórios quando a pessoa naturalmente tem esse colesterol em bom nível no corpo. “As pesquisas em relação ao HDL começaram a ser feitas, inclusive, porque foi observado que quem nasce com o bom colesterol alto tem menos chance de apresentar doença coronariana”, afirma.
Novas pesquisas estão buscando descobrir não só medicamentos para evitar essa oxidação, mas também a descoberta de fatores que levam a proteína a se oxidar.