Famosos que defendem canabidiol por sentirem melhora em quadros de saúde: “Ela está melhor”

por | out 31, 2022 | Saúde

O canabidiol, um dos componentes medicinais extraídos da cannabis sativa, planta da maconha, desde dezembro de 2019 foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar disso, o medicamento ainda é cercado de dúvidas, polêmica e desinformação.

Neste cenário, famosos que tomam e defendem o canabidiol falam sobre, quebrando tabus e expondo os benefícios do componente para variados problemas de saúde. Veja as declarações:

Claudia Rodrigues: cannabis ajuda muito

A atriz foi diagnosticada com esclerose múltipla em 2000 e até chegou a ser voluntária em testes de novos medicamentos, incluindo à base de canabidiol, para aliviar os sintomas da doença. Claudia sempre falou abertamente sobre sua condição e, em uma publicação no Instagram, disse que a cannabis medicinal a ajuda a dormir melhor, além de reduzir seus tremores, náuseas e ansiedades.

https://www.instagram.com/p/CjgwdyKpHvs/

“Vocês sabem que eu luto com a esclerose múltipla há mais de 20 anos e a medicina integrativa me ajudou muito nesse tempo todo. Eu uso a cannabis medicinal há um tempo e me ajuda muito e quero compartilhar com vocês”, afirmou.

Em entrevista ao jornal Extra, Adriane Bonato, namorada da atriz, contou que os remédios baseados em cannabis “faz toda a diferença” na terapia de Claudia Rodrigues e declarou: “A liberação desses medicamentos é uma luta nossa. Eu já vi pessoas interromperem um ataque epilético graças ao canabidiol”.

Guta Stresser diz que canabidiol “entra como um amigo” em tratamento

https://www.instagram.com/p/ChkfAZrpMDC/

Em 2021, a atriz também foi diagnosticada com esclerose múltipla e, em entrevista ao jornal O Globo, explicou que trata os sintomas da doença em várias frentes. Além de utilizar um medicamento caríssimo fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ela faz uso de um remédio extraído da planta da maconha.

“O canabidiol entra mais como um amigo. Acredito muito na potência da cannabis na redução de determinados problemas. Ouço muitos relatos de pessoas que sentem o mesmo com seu uso”, disse Guta Stresser ao comentar o uso da “maconha medicinal” em seu tratamento contra esclerose múltipla.

Para Henrique Fogaça, cannabis traz alegria a Olivia

O jurado do programa “MasterChef” passou a ser um grande defensor do canabidiol ao notar grande melhora na saúde da filha, Olivia, que sofre de uma condição ainda não conhecida pelos médicos. A adolescente precisa de cuidados específicos e inspirou o chef a levantar uma importante bandeira relacionada ao tratamento com Cannabis medicinal.

https://www.instagram.com/p/Cg6pUSCOBMg/

“Há 3 anos ela (Olivia) vem usando o óleo medicinal chamado CBD, que é extraído da planta Cannabis Sativa, mais conhecida como ‘maconha’. E digo para vocês que, graças a planta sagrada, ela está cada dia melhor, com um semblante de paz, de alegria, sorrindo e sentindo os pequenos prazeres da vida”, escreveu Fogaça em uma postagem no Instagram.

O cozinheiro considera o tratamento à base de canabidiol tão importante que até idealizou a criação de um instituto, que leva o nome da filha, que tem como objetivo promover estudos e, segundo ele, “desmistificar o mito de que o uso da planta só favorece o tráfico”.

Cannabis para fins medicinais

Ainda que a Cannabis seja uma droga ilícita em vários países, incluindo o Brasil, nem todos os componentes da planta estão ligados a efeitos danosos.

De acordo com Saulo Nader, neurologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em entrevista a Tá Saudável, as duas substâncias derivadas da planta da maconha que estão sendo utilizadas para fins medicinais (canabidiol e o THC) não são os “vilões” entre as mais de 1,7 mil substâncias presentes na Cannabis.

Segundo a psiquiatra Eliane Nunes, diretora-geral da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (SBEC), estas duas substâncias podem ser usadas em quadros variados devido a diferenças em seus efeitos. “Basicamente, o canabidiol tem uma função mais sedativa, enquanto o THC tem uma função mais antidepressiva”, resume.

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