Na última quarta-feira (11), o ator Bruno Gagliasso foi internado no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, para realizar um procedimento cirúrgico do qual, segundo sua assessoria, ele já está se recuperando – e a operação, no caso, foi necessária em decorrência a um problema bastante comum: um cisto na tireoide.
Cisto da tireoide: o que é?
Junto do hipotireoidismo e do hipertireoidismo, a presença de nódulos na tireoide é um problema bastante comum relacionado a este órgão, que é responsável por produzir hormônios considerados, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), como a “gasolina” do corpo humano.
Os nódulos neste órgão consistem ou no crescimento anormal de uma massa de tecido tireoidiano ou de um cisto cheio de líquido que se forma ali e, apesar de a palavra “nódulo” assustar, eles são benignos em aproximadamente 90% dos casos.
Sintomas
Enquanto alguns cistos – como o do caso relatado pela atriz Mariana Bridi – crescem até ser possível visualizar um inchaço no pescoço, boa parte dos nódulos não apresenta sintomas. Além do inchaço, a SBEM também afirma que, em alguns quadros, o paciente pode notar dor, rouquidão e dificuldade para engolir e respirar.
Diagnóstico
A maior parte dos nódulos da tireoide são identificados durante exames de rotina e, quando isso acontece, é comum que o médico peça testes laboratoriais para descobrir detalhes sobre essa massa e saber se ela é ou não cancerígena. Aqui, é possível fazer um ultrassom do pescoço, uma cintilografia ou até uma biópsia.
Complicações: câncer de tireoide
Embora a maioria destes nódulos sejam benignos, a SBEM afirma que eles também podem ser cancerígenos, sendo a maior parte destes casos identificados em homens – enquanto 4% dos nódulos femininos serem cancerosos, nos homens esta porcentagem sobe para 8%.
Tratamento
A forma de tratar o problema depende do tipo de nódulo, mas os cancerosos ou suspeitos costumam levar à recomendação de remoção total ou parcial da tireoide. O mesmo, inclusive, vale para nódulos não cancerígenos que acabaram crescendo demais e causando problemas na deglutição ou respiração.
Como alguns nódulos podem produzir hormônio tireoidiano, é possível que eles causem quadros de hipertireoidismo, também tornando necessária sua remoção ou tratamento com iodo radioativo. Já no caso de nódulos que não foram removidos, é necessário realizar o monitoramento com exames físicos ou ultrassonografias para avaliar uma possível evolução do quadro.
Vida sem a tireoide
Caso a tireoide seja removida total ou parcialmente, o médico deve avaliar a necessidade de se fazer uma reposição hormonal – já que, como o órgão produz uma série de hormônios importantes para o corpo, ficar sem ele (ou parte dele) pode iniciar uma deficiência hormonal.
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