Doença deve ser tratada com atenção para evitar maiores complicações
Mudanças bruscas de temperatura e, consequentemente, a queda da imunidade, são um prato cheio para deixar as crianças doentes durante o outono. Não é à toa que o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável pelo maior número de casos de bronquiolite, esteja em alta no Brasil.
Ao notar qualquer sintoma no seu filho, então, é importante tomar algumas medidas de cuidado, como explica o pediatra dr. Daniel Becker. Além disso, é preciso estar atento a alguns sinais de alerta para encaminhá-lo para o hospital se preciso.
Como cuidar das crianças com bronquiolite?

O VSR é altamente infeccioso e costuma se espalhar rapidamente em creches e escolas. Inicialmente, os sintomas que surgem são muito semelhantes aos de um resfriado. No entanto, é por volta do terceiro ou quarto dia que pode ocorrer um agravamento do quadro – e os sinais da bronquiolite podem surgir.
Nesse momento, é comum que o bebê apresente respiração mais rápida e dificultada, que lembra muito um chiado. Caso isso aconteça, é importante a avaliação de um pediatra.
A depender do quadro, é possível que a criança precise ficar internada. No entanto, é importante também saber como tratar a doença em casa. Tratar a febre se preciso, alimentar com pequenas porções mais vezes ao dia e mantê-lo hidratado é primordial. Além disso, facilitar a respiração com lavagem nasal é um passo essencial para manter a oxigenação do sangue e a disposição da criança.
“Mas atenção: se o bebê estiver muito abatido, com febre alta, dificuldade para mamar ou respirar, e especialmente se tiver menos de 6 meses, procure atendimento médico o quanto antes. A bronquiolite dá trabalho, mas geralmente passa com os cuidados certos”, explica o especialista.
Outro ponto importante está na prevenção. A vacina Beyfortus, por exemplo, é a melhor opção para proteger o seu bebê do vírus. No entanto, ele está disponível no SUS apenas para prematuros abaixo de 37 semanas e crianças com comorbidades. Há, contudo, o plano de disponibilizar outras opções na rede pública, inclusive uma vacina para a gestante, permitindo que o bebê já nasça com os anticorpos necessários.









