O botulismo é uma doença rara e ainda pouco conhecida, mas que pode levar à morte se não for diagnosticada e tratada a tempo. “É uma intoxicação alimentar originada por uma bactéria encontrada no solo, em produtos agrícolas, na água e no trato gastrointestinal dos animais, a Clostridium botulinum”, explica o infectologista Alberto Chebabo, do laboratório Sérgio Franco.
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Essa bactéria se desenvolve em ambientes sem oxigênio e, por essa razão, é encontrada com facilidade em alimentos enlatados ou embalados a vácuo. Um indício de que o alimento pode estar contaminado são as tampas estufadas.
Sintomas do botulismo
Segundo ele, a infecção acontece quando essas bactérias são absorvidas pelo aparelho digestivo e entram na corrente sanguínea, atingindo o sistema nervoso e interferindo na comunicação entre as células nervosas, causando assim um enfraquecimento das funções vitais.
Os principais sintomas, como aversão à luz, dificuldade para engolir, vômito, secura na boca e garganta, paralisia respiratória, constipação intestinal e retenção de urina, surgem entre 12 e 36 horas após a ingestão do alimento.
Quanto antes o diagnóstico for feito, melhor. “Exame de sangue e testes complementares nos alimentos suspeitos são necessários para confirmar o quadro. Os familiares dos doentes são importantes para ajudar a identificar os que fizeram ingestão comum dos alimentos, orientá-los quanto ao aparecimento de sintomas e a procurar urgentemente os cuidados médicos ao primeiro sinal”, diz.
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Tratamento do botulismo
O tratamento, dependendo da gravidade do quadro, pode exigir internação em unidade de terapia intensiva por tempo prolongado. Mas, no geral, é feito através da aplicação do soro antibotulínico, que atua obstruindo a toxina que circula no sangue, impedindo-a de se alojar no sistema nervoso.