Alzheimer: treinar o cérebro com exercícios é crucial para retardar doença. Veja como

O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. Com causa ainda desconhecida, a doença é caracterizada pela perda das funções cognitivas e não cognitivas do cérebro.

Os principais sintomas do Alzheimer incluem dificuldade progressiva em reter memórias recentes e adquirir novos conhecimentos, fazer cálculos, manter-se alerta e até mesmo falar adequadamente. Distúrbios de comportamento, como isolamento e agressividade, também são observados.

Prevenção do Alzheimer

Apesar de não apresentar cura definitiva, evidências científicas mostram que é possível retardar e proteger a mente contra o mal através de exercícios que estimulam o cérebro. A maior taxa de incidência da doença é em pessoas analfabetas e de baixa escolaridade.

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“O cérebro é um órgão que se adapta continuamente aos estímulos exteriores. Todas as atividades que de algum modo exigem algo dele são úteis para manter a cognição”, afirma Mario Louzã, médico psicanalista do Instituto de psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Louzã explica que as conexões entre os neurônios podem ser tonificadas da mesma forma que fazemos com os músculos do corpo na academia, e isso deve ser feito mesmo quando a doença já está em estágios mais avançados, pois ajuda a retardar a o avanço dos sinais.

“Por si só, tomar um medicamento de prevenção não é suficiente. É preciso exercitar o cérebro”

Como retardar o mal de Alzheimer

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Adquirir novos conhecimentos cria novas conexões entre os neurônios, o que evita o aparecimento dos sinais da demência. Estudos também sugerem que a realização de atividades físicas contribua para retardar a doença.

A seguir, conheça atividades estimulantes para o cérebro que são aliadas na prevenção do Alzheimer:

1. Realizar jogos de raciocínio e estímulo à memória, como xadrez, sudoku e palavras-cruzadas.

2. Ler revistas e jornais diariamente e manter-se atualizado com os acontecimentos do mundo.

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3. Aprender a tocar um instrumento, desenhar e pintar.

4. Exercitar a atenção. É possível treinar esta função com atitudes simples, como observar os detalhes de objetos pela casa.

5. Fazer caminhos diferentes para ir a lugares habituais, como o local de trabalho. Traçar novas rotas é estimulante, pois nos obriga a sair do “modo automático”.

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6. Manter uma dieta equilibrada. A atitude colabora para a perda de peso e ganho de memória, dois fatores importantes para a prevenção do Alzheimer. Alimentos com vitaminas B12, tiamina, ácido fólico e ômega-3 ajudam na memorização. Frutas com alto índice de antioxidantes também colaboram.

7. Praticar exercícios regularmente. Uma caminhada pela manhã ajuda a manter a saúde mental, além de contribuir para o combate à hipertensão, que é um fator de risco para o mal de Alzheimer.

8. Manter o bom humor e fugir do estresse, já que a depressão é um dos grandes vilões da doença.

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