13 coisas que você precisa saber sobre o vírus Ebola

*Publicado em 10 de outubro de 2014

O caso suspeito de Ebola no Brasil, que ganhou as manchetes nesta sexta (10), fez crescer a preocupação da população com o vírus que se espalhou pela África, matou milhares de pessoas, e também já fez vítimas nos Estados Unidos e na Espanha. Para acabar com as dúvidas sobre formas de contágio e tratamento dessa nova epidemia, o infectologista Dr. Jorge Garcia Paez, do Hospital e Maternidade São Cristóvão, em São Paulo, explica os pontos principais que você precisa conhecer.

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Após uma pessoa ter contato com o vírus, ele pode começar a se manifestar após um período de 2 a 21 dias

O tempo que decorre entre a pessoa ser infectada e apresentar os primeiros sintomas é chamado de período de encubação. Durante esse tempo não há risco de transmissão

O primeiro sintoma apresentado pelos infectados costuma ser febre alta. Também apresentam dor de cabeça, dor de garganta, , dor muscular, vômito, diarreia e fraqueza

A evolução do caso conta com erupção cutânea, interrupção do funcionamento dos órgãos, deficiência renal e sangramento interno e externo, até levar à morte

O contágio pode ocorrer por contato com o sangue e secreções de pacientes infectados, “até objetos contaminados com secreções podem transmitir a doença”

Mas é preciso saber que esse vírus não se transmite pelo ar e nem mesmo apenas pelo toque. Somente se houver contado com secreções do paciente, como saliva, lágrima, fezes, urina, vômitos e sangue. Apenas objetos que contenham esse tipo de secreção oferecem risco

O diagnóstico do vírus é feito a partir de um teste sorológico que poderá confirmar a presença do Ebola no sangue do paciente

Após ser confirmada a contaminação, o paciente deve ser isolado e hidratado adequadamente com reposição de eletrólitos. Pessoas com a doença mais evoluída devem ter suporte em uma unidade de terapia intensiva

Não há uma medicação específica que possa curar a doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda está estudando remédios e vacinas que possam evitar a proliferação do Ebola

A recomendação principal é evitar viagens para as áreas onde existe a transmissão do vírus atualmente e se manter afastado de pacientes com suspeita de febre hemorrágica

É essencial se manter longe de animais que podem ter tido contato com pessoas infectadas, eles também podem contrair o vírus

Existem outras doenças que podem ter manifestações sintomáticas parecidas com o Ebola, como a malária, febre tifoide, cólera, leptospirose, meningite e outras febres hemorrágicas

Esse vírus altamente mortal foi descoberto nos anos 70, no Congo e tem origem desconhecida. Especialistas acreditam que um tipo de morcego possa ser o hospedeiro da doença