Qual é o melhor horário para fazer exercício? A resposta varia de acordo com seus objetivos e pode até ser diferente se você é homem ou mulher. De acordo com um recente estudo realizado pelo Skidmore College, de Nova York, Estados Unidos, a hora escolhida para praticar atividade física parece acentuar diferentes benefícios, dependendo do gênero.
Melhor horário para se exercitar é diferente para homem e mulher
Segundo os pesquisadores, as mulheres devem tentar fazer exercício de manhã se querem diminuir a pressão arterial e perder mais gordura, principalmente na região abdominal. Porém, se o objetivo é aumentar a massa muscular ou melhorar o humor, o treino no fim do dia é o mais indicado.
Para os homens, qualquer período do dia é adequado para ganhar massa muscular, mas o exercício durante a noite é o ideal se o objetivo é estimular a saúde cardíaca e, consequentemente, reduzir o risco da diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
O trabalho científico, publicado na revista Frontiers in Physiology, é baseado no acompanhamento ao longo de três meses de 56 participantes (30 mulheres e 26 homens) entre 34 e 53 anos de idade, todos saudáveis e fisicamente ativos. Todos seguiram um plano alimentar detalhado para assegurar que as diferenças na alimentação não influenciavam os resultados.
O plano de treino incluía corridas matinais ou noturnas, além de treinos de força. Um dos grupos tinha que praticar atividades entre 7h30 e 8h30 da manhã, enquanto o outro fazia exercícios entre 18h e 20h. Os participantes fizeram exames de sangue e passaram por medições de pressão arterial e de gordura corporal.
O motivo para as diferenças entre os gêneros ainda não é claro e os próprios estudiosos reconhecem que o trabalho tem limitações. O foco foi investigar adaptações ao treino de uma forma não invasiva, por isso não há explicações moleculares detalhadas sobre os resultados, diz o comunicado oficial.
Além disso, os pesquisadores apontam que optaram por incluir no levantamento apenas homens e mulheres que fazem exercício regularmente e que, por isso, os resultados podem não ser aplicáveis a pessoas sedentárias ou com excesso de peso. O fato de os participantes serem, em sua maioria, homens e mulheres caucasianos também significa que as conclusões não são etnicamente abrangentes.