Segundo a pesquisa, a frequência dos pesadelos é um fator determinante no envelhecimento do corpo
Pesadelos obviamente não são reais – mas o risco que eles podem trazer para a saúde, é. Isso é o que diz um estudo recente desenvolvido pela Academia Europeia de Neurologia (EAN), que analisou dados de mais de 4 mil pessoas e descobriu que quem tem muitos pesadelos tem também um risco três vezes maior de sofrer uma morte prematura. Entenda abaixo:
Estudo liga pesadelos a risco aumentado de morte prematura
Desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Pesquisas sobre Demência na Academia Europeia de Neurologia, um estudo demonstrou que o excesso de sonhos ruins e amedrontadores pode interferir no envelhecimento e aumentar o risco de morte precoce. O estudo em questão foi baseado em dados de 4.196 adultos entre 26 e 74 anos, acompanhadas por 18 anos.
No estudo, participantes reportaram a frequência com a qual têm pesadelos. Óbito antes dos 75 anos foi o critério utilizado para designar mortes prematuras, enquanto o envelhecimento biológico foi calculado a partir de três métricas epigenéticas. Ao longo da pesquisa, 227 mortes prematuras aconteceram – e, com isso, foi possível traçar um paralelo entre essas ocorrências e a frequência de pesadelos.
As análises revelaram que adultos que reportavam pesadelos semanais tinham três vezes mais riscos de morrer antes dos 75 anos de idade do que os que não reportaram pesadelos.
Por que pesadelos aumentam o risco de morte prematura?
A explicação para isso está, segundo os pesquisadores, no envelhecimento biológico. Conforme apresentado pela EAN, o estresse causado por pesadelos e a forma como eles atrapalham o sono são fatores que aceleram o envelhecimento celular. Isso, por sua vez, aumenta o risco de ter problemas de saúde mais cedo – e, consequentemente, de morrer mais cedo.
Segundo pesquisadores, esse estudo demonstra como é importante cuidar do sono. Pesadelos têm uma série de possíveis causas, e pessoas que relatam uma frequência alta deles devem buscar ajuda médica para entender possíveis distúrbios de saúde mental e de sono que podem aumentar a ocorrência. Há intervenções que podem amenizar isso – e, com isso, melhorar a qualidade do sono, possivelmente aumentando a longevidade.
