Não há como negar que o sonho de dez entre dez mulheres que estão acima do peso é perder alguns – ou muitos – quilos. É difícil encontrar mulheres gordinhas que estejam totalmente felizes com sua aparência. Por isso, cansadas de brigar com a balança, muitas delas vão à luta, em busca de uma forma de mandar os quilos extras embora. Com muita dedicação e persistência, elas conseguem. E, diante do sucesso da empreitada, se sentem prontas para encarar novos desafios. Conheça a história de duas mulheres que venceram a batalha e puderam começar uma vida nova – e bem mais leve.
Mariana Pinheiro, 21 anos – 60 quilos. Há quatro anos pesava 85 quilos.
Membro de uma família de comilões assumidos, a estudante Mariana Pinheiro, 21 anos, nunca conseguiu resistir aos quitutes da mãe e da avó. As refeições eram sempre fartas e caprichadas e os doces, segundo ela, divinos.”Meus pais sempre foram rechonchudos e esfomeados. Sempre que havia uma oportunidade, eles faziam um lanchinho. Eu e meu irmão acabamos também adotando esse hábito. Era comida espalhada pela casa tempo inteiro”, relembra.
Via minhas colegas de escola magrinhas e queria ficar igual, mas não sabia direito o que fazer. Queria ser popular, mas eu era a ´baleia´ da turma, que era sempre deixada de lado.
Porém, tanta comilança não poderia resultar em boa coisa. Aos 10 anos de idade, Mariana já estava bem acima do peso e sofrendo com algumas complicações decorrentes da obesidade. “Eu me sentia mal o tempo inteiro. Pesada, cansada, sem fôlego. Vivia suada, vermelha e exausta. As crianças corriam enquanto brincavam. Eu ficava em um canto, olhando, porque não tinha pique e ninguém queria chamar uma gorda desajeitada para brincar”, diz.
O excesso de peso perdurou por toda a adolescência, apesar dos mais variados regimes adotados pela estudante. “Foi difícil, mas eu tive de parar de comer tudo de que eu gostava para fazer as dietas mais doidas: do chá, da água, da sopa, da fruta. Passava dias sem comer direito, cheguei a passar mal. Via minhas colegas de escola magrinhas e queria ficar igual, mas não sabia direito o que fazer. Queria ser popular, mas eu era a ´baleia´ da turma, que era sempre deixada de lado”, recorda.
As coisas começaram a mudar quando Mariana conheceu Ricardo, que estudava no mesmo colégio. Curtindo uma paixão platônica pelo garoto mais bonito da escola, ela decidiu, aos 17 anos e 85 quilos, emagrecer para conquistá-lo. Mas, desta vez, pelo caminho certo: com auxílio de um médico e um nutricionista, indicados por uma amiga que torcia pelo romance, e muita malhação. “É engraçado pensar nisso agora, mas acho que eu precisava de um motivo extra para tomar essa iniciativa”, diverte-se Mariana.