Praticar exercícios físicos regularmente é um dos principais pilares para se ter uma vida saudável. A grande maioria das pessoas já conhece a recomendação, mas poucos conseguem, de fato, seguir uma rotina diária de atividades.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Rexona em parceria com a Edelman Data & Intelligence e Beyond Sport, 80% dos brasileiros entendem os benefícios que a atividade física oferece e 75% valorizam um estilo de vida mais ativo.
Por outro lado, 69% das pessoas estão insatisfeitas com a frequência com que realizam exercícios, já que apenas 6% dos brasileiros se movimentam todos os dias. A parcela dos que não fazem nenhum tipo de atividade chega a 17%, segundo o estudo.
O levantamento – feito com mais de 5 mil pessoas em cinco países com realidades culturais e sociais distintas (Argentina, Brasil, Indonésia, Reino Unido e Estados Unidos) – buscou entender os motivos pelos quais é tão difícil manter uma vida saudável.
Fatores emocionais que atrapalham vida saudável
A pesquisa apontou que fatores emocionais e psicológicos têm grande impacto na falta de atividades físicas entre os brasileiros.
Entre os entrevistados, 79% dizem se inspirar em celebridades, muitas vezes criando um imaginário difícil ou quase impossível de ser alcançado.
Além disso, 64% dos brasileiros dizem não tentar coisas novas por medo de falharem e serem julgados. Nos demais países pesquisados, essa média é de 58%.
O estudo ainda mostra que, no Brasil, 71% dos entrevistados acredita que a sociedade apenas celebra as vitórias, sem se importar tanto com tentativas, sejam elas bem-sucedidas ou não.
Impacto da desigualdade social
Além das questões emocionais, barreiras sócio-estruturais impostas pela desigualdade social também afastam as pessoas das atividades físicas.
Dados da Fundação ABRINQ informam que 74% dos jovens no Brasil estão em escolas públicas, que muitas vezes não possuem estrutura básica para o incentivo à prática de exercícios.
Além disso, 4 milhões de jovens moram em regiões periféricas com condições de vida precárias, segundo a Agência Brasil.
Isso se reflete na pesquisa de Rexona, que mostrou que 1 em cada 2 participantes diz que os custos necessários para a prática de alguma atividade física são um fator limitante, sem contar a dificuldade de acesso, principalmente em regiões periféricas.