A noz é um alimento proveniente de um fruto da árvore nogueira, comum da Europa e da Ásia. Seus principais nutrientes são: Ômega-3 e 6, vitaminas C e E, zinco, potássio e arginina, um aminoácido. É bastante calórico, aproximadamente 698 Kcal em 100 g. Os benefícios das nozes são comprovados no controle da pressão arterial, na redução da taxa do colesterol ruim, o LDL, e até na cicatrização.
Estudos recentes na Universidade Marshall, nos Estados Unidos, mostraram que este alimento tem um benefício a mais: a prevenção do câncer de mama. Esse trabalho foi realizado com dois grupos de roedores. Um deles recebeu o que, para nós, equivaleria a 56 gramas inclusive durante a gestação, através da alimentação da mãe e o outro nem uma lasca sequer de nozes. Para os que tiveram os pratos salpicados com o alimento, o risco de desenvolver a doença caiu pela metade. Além disso, os pesquisadores observaram que os que apresentaram esse tipo câncer, tinham número e o tamanho dos tumores menores. A inclusão de nozes na dieta após o diagnóstico da doença se mostrou uma opção bem-sucedida, elas reduziram a velocidade de crescimento das células malignas. A associação entre a vitamina E e o ômega 3 poderia explicar estes resultados. Já a suplementação do ácido graxo, sozinho, não proporcionou o mesmo efeito.
A quantidade ingerida de noz diária neste estudo, cerca de 14 unidades, está acima da que geralmente é recomendada, que gira em torno de seis a dez nozes apenas por dia. A noz pesa na balança, pois é muito calórica e em excesso suas gorduras poli-insaturadas podem reduzir as taxas do colesterol bom, o HDL.
Para driblar a questão de peso, existe uma tática: dividir as porções de nozes ao longo do dia. Acredita-se que outras oleaginosas, como amêndoas ou avelãs, possam se comportar de maneira semelhante à das nozes na prevenção de tumores de mama. No entanto, aconselha-se evitar qualquer uma delas à noite, por necessitarem de mais trabalho para serem absorvidas, deixando a digestão mais lenta.
* Dra. Denise Rosso
Mestre em Nutrologia pela UFRJ
Endocrinologista pela UFF.
Membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia)
Professora do Curso de Pós-Graduação de Endocrinologia pelo IPEMED e Universidade de Gama Filho