Infidelidade conjugal

A palavra traição mexe com cerca de 75% dos casais. Seja por insegurança e ciúmes, seja por uma lembrança desagradável. Homens e mulheres estão cada vez mais preocupados porque a infidelidade feminina tem crescido em grande proporção.

Uma pesquisa divulgada ano passado pelo Projeto Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP) mostra que 1/4 das mulheres (26%) e metade dos homens (50,8%) admitiram que já traíram, ao menos uma vez. E o adultério é o principal motivo de separações litigiosas no Brasil.

Trair está ficando comum, apesar de não ser normal nem tampouco correto. Quando duas pessoas entram de comum acordo em um relacionamento (namoro, noivado ou casamento), a confiança e o respeito se tornam base para que dê certo. Desse modo, a infidelidade desrespeita e quebra o acordo de forma cruel: na maioria dos casos, quem trai não conta à outra pessoa o que fez, deixando-a sem a opção da escolha de continuar ou não a relação.

Porque as pessoas traem? Segundo a ex-prostituta Vanessa de Oliveira, a busca pela novidade devido a rotina do relacionamento é um dos principais motivos. Os traidores compulsivos podem trair apenas como comprovação íntima do seu poder de sedução. Há ainda os que traem simplesmente porque não têm coragem de terminar a relação, mas acreditam que ainda podem encontrar o ‘princípe encantado’.

Perdoar é uma decisão individual que não deve ser influenciada pelas convenções sociais. Não esqueça quem terá que conviver com quem a traiu é você, não sua família e amigos. Converse muito com o parceiro para entender se a traição foi um fato isolado ou um comportamento que precisa ser repensado. Avalie se é possível reverter o processo e retomar a relação de forma plena.