Nosso corpo pode armazenar gordura de duas maneiras diferentes. A mais comum em mulheres, a gordura subcutânea fica localizada logo abaixo da pele e tem consistência macia, caracterizando os famosos “pneuzinhos” na barriga ou o balanço do braço na hora de dar tchau. Ela é mais difícil de ser eliminada, mas não é tão prejudicial à saúde quanto a chamada gordura visceral.
O que é gordura visceral?

Este tipo de gordura se acumula atrás os músculos, perto dos órgãos, e é mais comuns em homens. De aparência mais firme, caracteriza a famosa “barriga de cerveja”. Além de prejudicar o metabolismo, a gordura visceral é um sério fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão.
Segundo a nutricionista Silvia Lancelotti, da clínica Caixeta, a gordura visceral promove o aumento dos níveis de colesterol e a formação de placas que podem se desprender e obstruir os vasos sanguíneos, aumentando as chances de um infarto ou AVC.

Como combater a gordura do mal?
Sedentarismo e maus hábitos alimentares são os principais motivos para o acúmulo de gordura visceral. Por isso, a melhor maneira de combatê-la é praticar exercícios físicos e adotar uma dieta saudável, rica em antioxidantes e gorduras boas. Medicamentos para emagrecer também podem ser usados, desde que sejam prescritos por um médico. Ainda assim, não têm o mesmo efeito da boa e velha malhação.

Pelo menos foi o que mostrou um estudo da Universidade do Texas ao acompanhar um grupo de pacientes que usou medicamentos para emagrecer e comparar seus níveis de gordura visceral com outros voluntários que introduziram a atividade física na rotina. Os cientistas concluíram que nem sempre a gordurinha derretida é a mais prejudicial à saúde. Como ela é mais profunda, pode estar presente até mesmo em quem não esteja acima do peso.
Conclusão: exercício é fundamental
Segundo a pesquisa, os níveis de gordura visceral em pacientes que passaram a se exercitar ficaram menores que os indivíduos do grupo que usou medicamentos e mudou a alimentação para emagrecer. “A localização e o tipo de gordura são importantes. Se você só olhar a balança, pode subestimar os benefícios dos exercícios para a saúde”, observou o cardiologista Ian Neeland, que coordenou o estudo. “Atividade física pode realmente derreter gordura visceral”, concluiu.