Exame de calorimetria: o que é o exame de calorias?

Você controla o apetite, evita excessos, faz exercícios físicos regularmente e, mesmo assim, não emagrece. Parece que seu próprio corpo está boicotando a sua dieta. Como descobrir? O exame de calorimetria é o teste mais indicado para esses casos. Ele mede o metabolismo basal, que é a quantidade de calorias gastas pelo organismo para a manutenção das funções vitais do corpo em repouso, como temperatura corporal, respiração, batimentos cardíacos, funções celulares e assim por diante.

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Ele representa 70% do gasto energético total e pode variar conforme a qualidade da alimentação e a prática ou não de exercícios físicos. De acordo com a endocrinologista Tatiana Camargo Pereira Abrão, de Sorocaba, pós-graduada em nutrologia e medicina do esporte, a taxa metabólica basal do paciente obtida no exame é comparada com a que seria esperada para uma pessoa de mesmo sexo, idade, peso e altura. “Uma variação de até 10% para mais ou para menos é considerada normal”, explica.

Como é feito o exame de calorimetria?

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Segundo ela, o exame, simples e indolor, é realizado no próprio consultório e demora de 15 a 20 minutos. Sentado, o paciente respira em um sistema bocal ou em uma máscara que leva o ar até um aparelho, que fornece os dados. Com o teste, é possível definir melhor a quantidade ideal de calorias que cada pessoa pode consumir. “Dessa forma, evitamos a hiperalimentação e também o contrário, uma alimentação tão pobre que o paciente não tem energia nem para fazer atividade física”, destaca. Por isso, inclusive, a calorimetria é bastante utilizada por atletas.

Dificuldade para emagrecer

Quem tem maior dificuldade em emagrecer apresenta hipometabolismo, gasto energético menor que 10% do metabolismo basal. São pessoas que podem apresentar doenças tiroidianas, respiratórias, crônicas e obesidade mórbida. O metabolismo destas pessoas é mais lento, gasta menos energia, por isso elas precisam de menor quantidade de alimentos para suas funções orgânicas. Exercícios físicos regulares, dieta fracionada e a ingestão de determinados alimentos (como proteínas, que possuem efeito térmico maior e utilizam mais energia para metabolizá-las) auxiliam no aumento do metabolismo e consequente na melhora dos resultados.

Gasto calórico acelerado

Na outra ponta, quem gasta mais – possui hipermetabolismo ou gasto energético maior de 30% do basal – pode comer mais. Mas nem por isso pode exagerar, alerta Tatiana: “Se comerem mais do que gastam, irão engordar, mesmo que aos poucos”. O importante, de acordo com a médica, é entender que o problema está na variação. “Bom metabolismo é aquele que está dentro do ideal, ou seja, em torno do esperado para a idade, sexo e altura do paciente”, finaliza.

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