Outro fator importante abordado na dieta é o teor de sódio no nosso corpo. Logo que se fala em sódio você pensa no sal, certo? É, mas não encontramos esse elemento somente nesse tempero. O sódio está embutido em diversos alimentos industrializados, porque é um poderosíssimo conservante.
O excesso dele agride e causa danos às artérias. Para se proteger, o organismo sinaliza com a sensação de sede, para que, ao beber água, essa quantidade extra seja diluída. Entretanto, por causa da ingestão de líquido, o volume de sangue aumenta e o coração tem que fazer um esforço muito maior para fazer o sangue circular, causando a hipertensão.
Mas não é preciso satanizá-lo. O sódio é importante para o equilíbrio celular e ritmo cardíaco. A sua falta causa hiponatremia, com sintomas como fraqueza, apatia, pressão baixa, taquicardia e confusão mental. “A diferença entre veneno e remédio é a dose”, define Cesar Pedroso.
Somos preparados geneticamente para ganharmos peso. Hoje, comemos ou por fuga ou por prazer.
Como tudo na vida, o ideal é o equilíbrio e recomenda-se que seja consumido 2.400 mg por dia. Para se ter uma idéia, 40% do sal de cozinha é constituído de sódio. Um sachê daqueles de restaurante contém cerca de 400mg, ou seja, 16,5% da quantidade diária recomendada. Mas encontramos sódio em frutas, verduras e legumes e também nos adoçantes dietéticos. Portanto, todo cuidado é pouco. Na dieta, alimentos com alta concentração de sódio são classificados como vermelho.
De olho no açúcar e na gordura
Todo mundo já sabe que as gorduras saturadas, de origem animal, são extremamente prejudiciais à saúde porque estão ligadas à produção de LDL, o chamado “colesterol ruim”. Na verdade, o LDL só é prejudicial em excesso, porque faz com que as gorduras se alojem nas paredes das artérias, impedindo a passagem do sangue. A classificação das gorduras na dieta é dividida entre trans (extremamente prejudiciais e classificadas como vermelhas), saturadas (amarelas) e insaturadas (benéficas e classificadas como verdes). Estas ajudam a reduzir os níveis de LDL e aumentam a produção do HDL, o colesterol classificado como bom. Por isso, são liberadas!
O açúcar, principalmente o refinado, oferece apenas calorias e nenhum tipo de nutriente. Ao serem digeridas, elas são absorvidas imediatamente pelo nosso corpo e, em excesso, se transformam em gordura. De acordo com Cesar, o grande vilão para quem está em dieta é o estilo de vida, cada vez mais estressante, corrido e que valoriza demais o ato de comer. “Somos preparados geneticamente para ganharmos peso. Hoje, comemos ou por fuga ou por prazer”, diz ele, referindo-se ao jantares de comemoração e afins.
Cesar afirma que nesse programa é possível perder cerca de quatro a seis quilos por mês. Mas, segundo ele, é uma dieta para ser seguida a vida toda, como uma reeducação alimentar. “Nela, tudo é permitido, nada é vetado, mas regramos a quantidade. Em pouco tempo, você não precisa consultar a tabela de cores para saber o que é bom ou ruim para você. A boa dieta é aquela que você consegue incorporar à vida”, finaliza.