A vontade irresistível de comer doce não é só gula, ela tem uma explicação fisiológica que pode nos isentar da culpa! Além disso, é importante saber que os doces não devem ser banidos da nossa dieta. Viva! Mas se você tem muita dificuldade de resistir à eles, veja as dicas que temos para ajudar você.

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Resistindo aos doces

Vamos às explicações: o Dr. Omar de Faria, nutricionista do Centro de Longevidade Golden Spa, aconselha uma consulta com um profissional especializado, para saber qual é a origem da vontade pelo doce, se é normal ou decorrente de algum transtorno alimentar. Quando não existe a ocorrência de transtornos alimentares, a vontade pelo doce é normal e tem uma explicação fisiológica. “Quando alguém precisa de energia, o corpo pede açúcar, que é a principal fonte de energia do cérebro. O cérebro tem um sistema de recompensa que, quando ativado, produz uma sensação de prazer. O doce funciona como uma espécie de gatilho desse sistema. Isso ocorre porque ela mexe com neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, ligados à sensação de bem-estar. Tanto o açúcar dos doces, quanto o dos carboidratos (como massas, pães e biscoitos) têm esse efeito”, justifica Mariana Ribeiro, nutricionista da empresa Congelados da Sônia. Para Faria, mesmo sendo fisiológica, essa sensação de bem-estar produzida pelos hormônios é um pouco preocupante, pois vicia.

Muita gente acredita que a vontade de comer doce é maior nas mulheres, mas não é 100% verdade. O que ocorre é que no período pré-menstrual, por conta das variações hormonais, as mulheres tendem a buscar a sensação de bem-estar por meio dos doces. “A maioria das mulheres associa a melhora de sintomas da TPM, como irritabilidade e mau humor, à ingestão de doces. O chocolate é o campeão da preferência feminina nesta fase”, afirma Ribeiro. Além disso, a nutricionista também aponta a maior tendência a fazer regimes rigorosos como outra razão pelo aumento da vontade de comer doces, pois nesses casos o corpo busca a reposição da energia que não foi adquirida por conta da restrição de alimentos.

Como driblar?

Os nutricionistas Dr. Omar de Faria e Dra. Mariana Ribeiro ensinam algumas dicas para não cair na tentação.

• Alimentar-se em intervalos regulares
• Não ter doces à disposição na despensa
• Ter frutas em casa, bem como outras opções mais leves

• Consumir muitas fibras

  Créditos: Thinkstock

Quando você sentir muita vontade de comer doces, a nutricionista aconselha a fazer boas escolhas. “Opte pelos menos calóricos, com menos açúcar e gordura e coma após o almoço. Uma coisa muito importante é não criar o hábito de comer o doce diariamente, mesmo que seja em pequena quantidade”, aconselha Mariana. O Dr. Faria adverte que o nutricionista recomende ao paciente os alimentos que não estimulam tanta a liberação de insulina. “Por exemplo, alguns chocolates que podem ter menor índice glicêmico, com maior teor de cacau e que este último é um ótimo aliado para aumentar a liberação de serotonina, sem que seja necessário comer altas quantidade e que não venha atrapalhar o plano alimentar de ninguém, porém se faz necessário uma visitinha antes de tudo ao nutricionista”, adverte.

Entretanto, um dos maiores aliados é realmente a alimentação de forma fracionada. “Assim, evitamos que o jejum se prolongue demais e isso pode favorecer no não descontrole na hora de realizarmos as refeições. Se ficarmos grandes períodos em jejum, comemos muito. Até o corpo produzir hormônio que causa saciedade, provavelmente já será tarde, pois quando estamos com muita fome, mastigamos de forma rápida, não selecionamos os alimentos e o volume alimentar normalmente é muito grande”, conclui o nutricionista do Centro de Longevidade Golden Spa.

Alimentos coringas

Para o momento formiga, a nutricionista Mariana Ribeiro elaborou uma lista que pode matar a vontade de forma controlada.

• Chocolate com 70% de cacau

  É gostoso e rico em antioxidantes. Vai matar a vontade de comer doce, mas de forma mais saudável. No máximo 4 quadradinhos ao dia.

• Picolés de fruta

  À base de água, sem leite.

• Frutas secas

• Frutas frescas

  Pode-se incrementar com versões assadas ou grelhadas com canela, cacau em pó ou adoçante.
• Frozen iogurte com toppings saudáveis
• Barrinhas
• Gelatina diet

Opções de doces

Quando a vontade por doce é insubstituível, procure fazer escolhas mais saudáveis. “Normalmente, além do açúcar refinado, boa parte dos doces contém grande quantidade de gordura e esses são os principais a serem evitados”, recomenda a nutricionista da empresa Congelados da Sônia. Ou seja, além das calorias, a quantidade de gordura também deve ser considerada. O horário em que você consumirá o doce também deve ser levado em conta. “O melhor horário é após o almoço. Neste momento, o açúcar do doce será misturado aos outros nutrientes da refeição como proteínas, lipídeos e fibras e isso irá evitar picos de insulina. Além disso, você estará saciado e comerá menos, o que é sempre bom”, aconselha Mariana.

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