Celulite: demora para iniciar tratamento agrava o problema

“Já é difícil conseguir que a celulite desapareça 100%. Todos os esforços são no sentido de minimizar o problema e nesse caso, quanto mais precoce o diagnóstico e o início de tratamento adequado, maiores as chances de sucesso”, afirma Ana Paula Meski, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e médica colaboradora do ambulatório de dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

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Segundo a profissional, a celulite faz parte da realidade da maioria das mulheres. “É uma condição tipicamente feminina que afeta mulheres de diversas faixas etárias e biótipos”, explica a dermatologista. Para começar agora mesmo a combater os furinhos na pele, descubra qual o seu grau de celulite e as ações mais indicadas.

Estágios da celulite e tratamentos

  • (Thinkstock) Para acertar no tratamento, o ideal é consultar um especialista

    Grau 0: Mesmo quando a região é comprimida, não há sinais de compressão, flacidez ou inflamação. “Mesmo nesses casos, o indivíduo precisa estar saudável, comer bem e fazer exercícios regulares”, orienta a profissional.

  • Grau 1: Os furinhos não aparecem a não ser quando há um pinçamento da pele. “Nesse caso a drenagem linfática é altamente recomendada e demonstra resultados bastante satisfatórios”, afirma a especialista.
  • Grau 2:  A inflamação dos tecidos já pode ser percebida mesmo quando região está relaxada, ou seja, não é mais necessário apertar a pele para vê-los. Mas ainda é leve e discreta. “Tratamentos como o ultrassom e a endermologia são geralmente eficazes nesse estágio. Além da drenagem linfática que traz benefícios à saúde em todos os casos”, diz Meski.
  • Grau 3: Quando os nódulos já podem ser vistos claramente e há desconforto na região. “A inflamação do tecido adiposo altera o relevo da pele e as saliências e depressões podem vir acompanhadas de dor”, explica a profissional. Nesses casos, a utilização de aparelhos de radiofrequência que aquecem camadas mais profundas da pele, promovendo a circulação e a eliminação de toxinas, tem sido bem indicados e apresentam bons resultados.
  • Grau 4:  Nesse estágio a inflamação está avançada, a circulação na área já está comprometida provocando nódulos maiores e inchaço. Em casos mais graves é recomendada a subcisão ou cirurgia. “Em casos mais graves é necessário fazer o descolamento de traves de fibrose da celulite, ajudando nas depressões fixas e mais profundas e reorganizando as células para que a pele volte a uma superfície mais lisa”, explica a médica.

Comece já

Antes de sair comprando pacotes estéticos que prometem milagres, vale a pena consultar um médico dermatologista. Segundo a especialista, há diferenças em cada caso onde o tipo de pele, o histórico do paciente, hábitos alimentares e o estilo de vida têm um peso e precisam ser levados em conta na hora de encontrar o tratamento mais adequado. “O melhor tratamento é aquele que surte efeito. Mas, o combate à celulite pode exigir mudanças pessoais que seguem por toda a vida. Os tratamentos são fundamentais, mas são aliados”, conclui Meski.

Para ajudar no combate à celulite, confira a receita de suchá que evita o aparecimento dos temidos furinhos: